Primeira edição da bienal é gratuita e reúne obras de artistas de nove estados amazônicos brasileiros e sete países da Pan-Amazônia em Belém do Pará.
Um encontro sem precedentes na história da arte amazônica está prestes a ocorrer na cidade de Belém do Pará. A Bienal das Amazônias, que abrirá suas portas ao público nesta sexta-feira, 4 de agosto, irá apresentar obras de 120 artistas provenientes dos nove estados amazônicos brasileiros e dos sete países da Pan-Amazônia.
Nova casa da Arte Amazônica
A exposição acontece em um novo espaço cultural em Belém: um prédio de quatro andares e 7,6 mil metros quadrados, anteriormente uma loja de departamentos desativada no centro comercial da cidade. “São expressões de toda a efervescência e multiplicidade das culturas amazônicas”, explica uma das curadoras do encontro, Vânia Leal.
“Somos Plurais”
Leal, historiadora da arte nascida em Macapá e residente em Belém, enfatiza a diversidade e individualidade dos artistas envolvidos. “Somos plurais, não existe uma forma única de se fazer arte, o que existe são diferentes individualidades que produzem arte”.
Sapukai
A concepção da exposição, de acordo com Leal, girou em torno do conceito “sapukai”, que significa grito. O termo reflete as diversas vozes de todos que participaram de um extenso processo de pesquisa no território amazônico que durou dois anos.
O processo resultou em uma poderosa coleção que vai além da estética da floresta, abordando temas globais como economia, relações sociais e questões climáticas. “Belém é fincada na floresta e essa seta aponta de dentro para fora não só para as amazônias, mas também para o mundo”, diz Vânia.
Homenagem a Elza Lima
Uma figura central homenageada nesta primeira edição da Bienal das Amazônias é a fotógrafa Elza Lima. Com quase quarenta anos de carreira documentando a região, as imagens de Lima capturam a essência das Amazônias, as complexidades das relações dos povos com a floresta e os rios, e as questões que permeiam esse vasto território.
Elza vê o evento como uma oportunidade para o mundo conhecer mais profundamente a produção cultural amazônica. “Tudo que acontece na região está sendo muito bem escrito na sua arte”, diz.
Serviço
A Bienal das Amazônias ocorrerá de 4 de agosto a 5 de novembro, na rua Senador Manoel Barata, nº 400, de quarta-feira à sexta-feira, de 11h às 19h, e aos sábados, de 11h às 20h, com entrada gratuita. Os visitantes podem encontrar mais informações nas redes sociais da Bienal.
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