Fertilizantes são essenciais para o desenvolvimento da agricultura moderna, pois fornecem os nutrientes necessários para o crescimento saudável das plantas. Contudo, seu uso inadequado tem provocado consequências ambientais preocupantes, tais como a contaminação do solo, da água e do ar.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) tem uma resposta a esses desafios: o Biofertilizante Bioativo Líquido Produzido a Partir de Resíduos Agrícolas. Este produto, desenvolvido em laboratório, utiliza resíduos da produção agrícola, como a cama de frango e o esterco bovino, evitando a utilização de compostos químicos prejudiciais ao ambiente e aos seres vivos.
Da cama de frango aos fertilizantes líquidos
O processo começa com a fermentação anaeróbica dos resíduos, resultando em um biofertilizante líquido. A vantagem de ser aplicado nesse formato é que as plantas conseguem absorver melhor os nutrientes. Além disso, ao contrário dos fertilizantes convencionais, esse biofertilizante não é dispersado no ar, prevenindo assim a poluição atmosférica.
Uma agricultura sustentável é essencial para a construção de um futuro verde e produtivo
Este fertilizante inovador tem uma ampla gama de aplicações. Ele pode ser usado em cultivos tradicionais, bem como na hidroponia – uma técnica de cultivo que substitui o solo por uma solução nutritiva. A professora Maria Olimpia Oliveira, que supervisionou o projeto, ressalta que o produto pode revolucionar a agricultura, contribuindo para um cultivo mais sustentável e eficiente.
Um futuro mais verde para a agricultura
O Biofertilizante Bioativo é mais do que uma solução para os problemas atuais da agricultura. É uma janela para o futuro, onde a agricultura e o meio ambiente coexistem de forma harmoniosa. Apesar de ainda estar em fase de testes e registro, a inovação já se mostra promissora, apontando para um futuro mais verde e sustentável para a agricultura.
Atualmente, o biofertilizante encontra-se em estágio avançado de desenvolvimento, tendo sido validado em escala laboratorial. O próximo passo para a comercialização do produto inclui testes de desempenho no solo, ajustes de diluição e dosagem, registro junto a órgãos regulatórios e a busca por parceiros comerciais. Se bem-sucedido, esse produto pode marcar uma mudança significativa para práticas agrícolas mais sustentáveis.
*Com informações da USP
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