O esforço do presidente Lula para ampliar a base de doadores do Fundo Amazônia obteve mais um sucesso na última 6ª feira (5/5), com o anúncio de uma doação de cerca de R$ 500 milhões pelo governo do Reino Unido.
O acordo foi fechado durante a visita do líder brasileiro ao primeiro-ministro Rishi Sunak, na véspera da coroação do rei Charles III em Londres.
“O presidente Lula tem exibido grande liderança [na questão] da mudança climática. Com satisfação, o Reino Unido irá contribuir com o Fundo Amazônia, para que possamos ajudar a parar o desmatamento e proteger a biodiversidade”, destacou Sunak em post em uma rede social.
A Amazônia também foi tema de uma conversa entre Lula e Charles III durante as festividades da coroação. “A primeira coisa que o rei disse para mim foi para eu cuidar da Amazônia. E eu falei: ‘Eu preciso de ajuda, não é só a nossa vontade. É preciso ajuda e muitos recursos’”, disse o presidente brasileiro, citado por g1 e Valor.
O Reino Unido se transforma no 4º parceiro internacional do Brasil no financiamento de projetos de preservação florestal e ação climática na Amazônia, ao lado dos doadores originais, Alemanha e Noruega, e dos Estados Unidos, que também anunciou recentemente a doação de R$ 2,5 bilhões ao Fundo Amazônia.
As conversas entre Brasil e Reino Unido em torno do Fundo Amazônia acontecem desde a vitória eleitoral de Lula em outubro passado. O presidente brasileiro elencou a ampliação da base de doadores do Fundo como uma de suas prioridades de política externa neste começo de governo.
O financiamento internacional para ações de meio ambiente e clima no Brasil é visto como uma alternativa para driblar o aperto orçamentário e reposicionar o Brasil como ator confiável nessa agenda no exterior. O g1 informou que a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, pretende utilizar os recursos doados pelo Reino Unido para ações de proteção indígena e combate ao desmatamento.
O anúncio da doação britânica ao Fundo Amazônia teve ampla repercussão na imprensa, com destaques em Agência Brasil, BBC Brasil, CartaCapital, Correio Braziliense, Estadão, Folha, g1, Nexo Jornal, ((o)) eco, Poder360, e VEJA, além de Bloomberg e Reuters no exterior.
Texto publicado em CLIMA INFO
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