Planejar o desenvolvimento sustentável da Amazônia Ocidental exige uma conexão de fortalecimento e complementariedade com o Projeto ZFM e seus componentes de ações governamentais e/ou privados, daí porque a classe política e os governos dos estados da região, unidos num só propósito, devem participar ativamente junto ao futuro governo federal, para que ocorra uma ação integrada que tenha como objetivo primordial o bem estar da população.
Por Antônio Silva
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São relevantes os efeitos do Polo Industrial de Manaus (PIM) sobre as questões ambientais da Amazônia Ocidental, ao proporcionar à população da região e aos migrantes de outros estados da federação a opção de desenvolvimento e crescimento socioeconômico, com a geração de empregos e renda para milhares de pessoas, evitando a exploração irracional e irresponsável da floresta amazônica.
Relevância que não é fruto de achismo, pois estudos comprovam cientificamente essa afirmação, como podemos constatar nos seguintes trabalhos publicados: “Valoração e instrumentos econômicos aplicados ao meio ambiente: alternativas para proteger a Amazônia (I-Piatam, 2008)”; “Instrumentos Econômicos para a Proteção da Amazônia: a experiência do Polo Industrial de Manaus (Editora CRV, 2009. Co-Editora: PIATAM)”; e “Impacto virtuoso do Polo Industrial de Manaus sobre a proteção da floresta amazônica: discurso ou fato? (Instituto I-Piatam, 2009)”.*
A relevância do PIM para a região é traduzida pela atividade econômica viável, uma pré-condição à preservação, que oferece oportunidades de prosperidade, tanto no aspecto socioeconômico como no de conservação da biodiversidade. Integrar as abundantes riquezas amazônicas com a tecnologia industrial avançada é primordial para o adensamento da cadeia produtiva dos bens incentivados na ZFM, atraindo novos empreendimentos de bases competitivas, capazes de aumentar o parque de fabricação de insumos e componentes.
A declaração do futuro governo federal de investir decisivamente para erradicar queimadas, combater biopirataria, desmatamentos e garimpos ilegais, considerando a Amazônia um dos mais importante e maior abrigo da biodiversidade mundial, nos oportuniza unir as forças de lideranças políticas e empresariais, em defesa do nosso bioma, numa demonstração de que podemos contribuir concretamente para sanar grande parte dos graves problemas causados pelas mudanças climáticas em todo o planeta.
Investimentos em ciência, tecnologia e inovação só serão possíveis com a criação de parcerias público/privadas, capazes de viabilizar e explorar racionalmente os recursos naturais amazônicos, interconectando as tecnologias de bases microeletrônicas e biotecnológicas.
A continuidade e aumento dos resultados alcançados envolvem não somente a manutenção do elenco de incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus (ZFM), mas também uma conexão logística fluvial e terrestre que possam ser combinadas com modais que se complementam para a aquisição de insumos e distribuição da produção, minimizando custos e tempo de transporte.
Planejar o desenvolvimento sustentável da Amazônia Ocidental exige uma conexão de fortalecimento e complementariedade com o Projeto ZFM e seus componentes de ações governamentais e/ou privados, daí porque a classe política e os governos dos estados da região, unidos num só propósito, devem participar ativamente junto ao futuro governo federal, para que ocorra uma ação integrada que tenha como objetivo primordial o bem estar da população.
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