“Quero dizer que respeito e cumpro a decisão do Ministro Alexandre de Moraes que, não julgou o mérito, mas a incompetência do TSE. Eu sou um democrata e jurei a Constituição, defendo as decisões judiciais até quando discordo delas.” tuitou o deputado
O deputado Marcelo Ramos (PSD-Amazonas), que faz oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PL), foi destituído do cargo de vice-presidente da Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (23/5) e o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), aliado do Planalto, já deu início aos preparativos em torno de uma nova eleição para escolher o nome do número 2 no comando da Casa legislativa.
No Plenário fechado, Lira já mandou instalar as cabines de votação para a escolha do novo vice-presidente. A eleição deverá ocorrer na próxima quarta-feira (25/5).
Além do cargo de vice-presidente, também serão escolhidos novos nomes para ocuparem outros dois cargos da Mesa Diretora: a 2ª Secretaria, ocupada pela deputada Marília Arraes (Solidariedade-PE); e a 3ª Secretaria, comandada pela deputada Rose Modesto (União-MS). Marília Arraes e
Rose Modesto também foram destituídas dos cargos por meio de decisão assinada pelo presidente da Casa.
Na decisão, Lira aponta como motivação para as destituições, a mudança de partidos de Ramos, Marília e Rose Modesto.
A eleição ocorre após o ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revogar liminar pedida por Ramos para ficar no cargo.
Ramos se baseava em decisão anterior, adotada no caso do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), em 2016, de que mudanças para um partido do mesmo bloco parlamentar não levariam à perda do cargo.
Ordem na live
Ramos deixou o PL, seu antigo partido, depois que Bolsonaro entrou para a legenda com o objetivo de se candidatar à reeleição. Na época, Ramos chegou a fazer um acordo com o presidente da legenda, Valdemar da Costa Neto, para que o partido não reclamasse a vaga. Esse acordo, diante da destituição, acabou não sendo cumprido.
A destituição de Ramos foi publicada em uma edição extra do diário da Câmara nesta segunda.
Em conversa por telefone com o Metrópoles, Ramos confirmou sua saída do cargo e disse que não pretende recorrer à Justiça. “Não vou ficar brigando por isso”, disse o deputado, que pretende disputar, pelo PSD, a renovação de seu mandato.
O parlamentar ainda usou suas redes sociais para confirmar sua saída e culpar Bolsonaro dizendo que a ordem para tirá-lo do cargo foi dada pelo presidente em uma das lives semanais.
Fonte: Metrópoles
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