Purificador de água eficiente foi testado com sucesso!
Uma equipe de cientistas da EPFL (École Polytechnique Fédérale de Lausanne), na Suíça, desenvolveu um novo filtro de purificação de água. O método combina nanofios de dióxido de titânio e nanotubos de carbono alimentados por luz solar. Desta forma, é possível descontaminar a água com eficiência fazendo apenas uso da radiação.
Segundo os pesquisadores, os nanofios de dióxido de titânio por si já são capazes de realizar uma boa purificação de água na presença da luz solar. Ao acrescentar os nanotubos de carbono cria-se uma nova camada de descontaminação ao pasteurizar a água, matando bactérias e vírus.
“Em uma estreita colaboração entre químicos, físicos e biólogos, desenvolvemos um purificador de água muito eficiente, que não precisa de nenhuma fonte de energia além da luz solar”, diz László Forró, líder da pesquisa na EPFL.
O funcionamento do purificador é simples. A ideia é que a água contaminada entre por um tubo na parte superior, passe por um material filtrante de várias camadas, entre duas folhas de vidro, e saia por um tubo na parte inferior. Quando a luz ultravioleta atinge o filtro, faz com que o composto produza um grupo de moléculas chamadas de “espécies reativas de oxigênio” – o que inclui peróxido de hidrogênio, hidróxido e oxigênio. Também conhecidos por serem “assassinos” de patógenos.
A eficiência do purificador foi testada, com sucesso, usando a bactéria E. Coli. Os resultados, segundo os cientistas, indicam que o produto deve funcionar também com outros patógenos bacterianos.
“O dispositivo é excepcionalmente capaz de remover todos os patógenos da água e mostra resultados promissores até mesmo para eliminar micropoluentes, como pesticidas, resíduos de medicamentos, cosméticos, entre outros”, garante a EPFL em nota à imprensa.
Um artigo sobre a pesquisa foi publicado na revista Nature Clean Water.
Água contaminada
No século 21, garantir o acesso universal à água potável é ainda um desafio. Um impasse em um mundo em que pessoas já fazem viagem privada à Estação Espacial Internacional. Só no Brasil somam 35 milhões de pessoas que ainda não têm acesso a água potável de qualidade e cem milhões sequer possuem o esgoto coletado em suas residências.
Um levantamento, divulgado pelo Instituto Trata Brasil, revela que o Brasil registrou 273.403 internações com doenças de origem hídrica em 2019.
Os problemas são grandes e tecnologias de pequena escala podem não solucioná-los, mas indicam que soluções existem: é preciso aplicá-las. “Nosso protótipo pode fornecer água potável limpa mesmo em lugares remotos para pequenas populações e pode ser facilmente ampliado”, afirma o professor da escola suíça. E nem é preciso ir tão longe para buscar por tecnologias, aqui mesmo no Brasil há uma grande inspiração vindo da Bahia: Brasileira cria sistema que purifica água da chuva usando energia solar.
Fonte: CicloVivo
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