“No desafio da integração, impõe-se o conhecimento das desigualdades regionais e tratamento dessas desigualdades de forma específica. Não se pode tratar os desiguais de forma igual. […] O Amazonas não é a Avenida Paulista, nem pode ser tratado com seus parâmetros. Quanto a Brasília, é preciso que o governo se volte para onde estão as soluções de muitos dos problemas atuais e futuros deste nosso país.”
Wilson Périco
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Chamou à atenção do mundo em clima de guerra entre povos irmãos, o encontro dos líderes da Igreja Ortodoxa Russa e da Igreja Católica neste fim de semana. Um considera a guerra justa e o outro denuncia a barbárie dos ataques à orfanatos e hospitais. A questão que aqui importa são os pontos de vista distintos sobre a mesma situação. Os profissionais de comunicação são unânimes em insistir que um dos principais gargalos da civilização universal é a comunicação. Principalmente se ela é truncada, distorcida, às vezes propositalmente deformada como as atuais fake news que, a rigor, são tão antigas quanto a invenção da escrita. O problema se manifesta tanto do ponto de vista do receptor da informação como na formulação por parte do emissor de conteúdos. Isso se dá no domínio público e nas relações pessoais, conjugais, comerciais, etc….
Aqueles que nos acusam de não termos construído um programa alternativo – para colocar no lugar da Zona Franca de Manaus – estão errados porque falam do que não conhecem. Mas não deixam de ter suas razões porque, efetivamente, pouco conseguimos avançar na diversificação e interiorização do desenvolvimento regional, razão pela qual as empresas recebem compensação fiscal para atuar numa região inóspita, sem infraestrutura competitiva para trabalhar em igualdades de condições com quem empreende no Sudeste do país. São conflitos que precisam ser entendidos de parte a parte. Outro exemplo se deu com a publicação do Decreto 10.979/22, seguida de imediata desinformação afirmando que as empresas instaladas em Manaus e diretamente alcançadas pelo corte linear de 25% da tributação do IPI, contida no Decreto, seriam frontalmente contrárias à redução de um imposto que pode ajudar todo o resto do país. Essa foi a tradução do movimento em bloco por parte das empresas atingidas, dos atores públicos e das entidades de trabalhadores que dependem da isenção do IPI para sobreviver e gerar emprego e riqueza. Uma grande confusão!
No desafio da integração, impõe-se o conhecimento das desigualdades regionais e tratamento dessas desigualdades de forma específica. Não se pode tratar os desiguais de forma igual. Precisamos e temos direito ao devido respeito e consideração para com o Amazonas – o estado que mais preserva sua floresta intacta em proporções, e o que mais protege no mundo! Um dos 8 estados superavitários da federação e que devolvem recursos financeiros e geração de empregos percentuais que superam a média nacional. оформить микрозайм онлайн срочно. O Amazonas não é a Avenida Paulista, nem pode ser tratado com seus parâmetros. Quanto a Brasília, é preciso que o governo se volte para onde estão as soluções de muitos dos problemas atuais e futuros deste nosso país.
E, ainda falando de uma agenda executiva e parlamentar, também não vimos quaisquer manifestações – por parte dos postulantes à representação do interesse público nacional ou regional – que se comprometam com o absurdo dessa desigualdade regional onde está incluída a Amazônia. E onde ainda se insere o Estado do Amazonas, que coloca à disposição do país seu repertório monumental de potencialidades naturais, biológicas e minerais monumental e em troca quer deixar de ser um dos mais pobres, com municípios listado entre os piores IDHs do Brasil.
Compete a quem aqui vive e, especialmente, a quem gera riqueza ou administra os respectivos impostos, enfrentar os termos dessa equação. De um lado, promover a divulgação publicitária do que fazemos e convidar os interlocutores para conhecer as métricas e produtos de nossos resultados. Além disso, precisamos formular estudos e propostas nessa interlocução inadiável, detalhando no limite dos planos potenciais de negócios e das taxas de retorno já consagradas. Interlocução e integração de novas parcerias, em formato de comunhão nacional. De quebra, combatemos a comunicação torta e ajeitamos um caminho natural de união e brasilidade. Antes que seja tarde.
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