O diferencial da Etech é unir a teoria e a prática, de modo a contribuir para formação de pessoas qualificadas na região
Na próxima quarta-feira (16), às 17h, ocorrerá o evento de inauguração da Escola Tecnológica Desembargador Paulo Feitoza (etech), mantida pela Fundação Paulo Feitoza (FPF tech). Esse novo projeto da instituição será voltado para o aprimoramento profissional e para a promoção de pessoas qualificadas de uma forma completamente diferenciada do ensino técnico convencional, conforme os valores da Fundação.
Inicialmente, serão oferecidos dois cursos técnicos: Automação Industrial e Informática para Internet. As aulas serão presenciais e, acima de tudo, focarão bastante na parte prática para que o aluno não aprenda apenas a parte teórica, mas conclua o curso completamente preparado para atuar em um mercado de trabalho intensivo na utilização de tecnologias digitais e em contínua evolução.
A carga horária do curso Técnico em Automação Industrial será de 1.290 (um mil, duzentas e noventa) horas, ministradas em 3 (três) semestres, desse total, 60 (sessenta) horas serão utilizadas para a realização de Atividades Complementares. Já a carga horária do curso Técnico em Informática para Internet será de 1.230 (hum mil, duzentas e trinta) horas, ministradas em 3 (três) semestres, desse total, 110 (cento e dez) horas serão utilizadas para a realização de Atividades Complementares. Cada uma das turmas contará com 40 (quarenta) alunos e cada um dos cursos terá turmas nos períodos matutino, vespertino e noturno.
Nessa primeira fase, a Foxconn e a Gertec são as empresas que estão apoiando a implantação da etech, por meio dos recursos da Lei de Informática, e serão as primeiras a se beneficiar dos cursos oferecidos para o aprimoramento dos seus colaboradores. Em um segundo momento, a etech disponibilizará cursos para a sociedade, de forma paga.
Um ensino técnico focado na prática
A ideia de que a etech esteja localizada nos mesmos prédios da FPF tech, em um ambiente preparado adequadamente para receber os alunos, surgiu a partir da intenção de se oferecer ensino técnico de qualidade, que aliasse teoria e prática. A proposta é que seja uma escola diferenciada, em que o aluno possa vivenciar as atividades desenvolvidas pela área de desenvolvimento tecnológico da FPF tech, motivando-se e inspirando-se com o ambiente profissional.
“Por exemplo, o aluno pode visitar os laboratórios onde ficam os robôs, acompanhar o processo de criação dos produtos encomendados pelas empresas, se habituar às rotinas de trabalho, entender todas as dificuldades que acontecem durante o processo de desenvolvimento das máquinas e de programação dos softwares”, conforme relata a Professora Rosanna Lacouth.
Boa parte dos professores da etech será constituída de colaboradores da área de tecnologia da FPF tech, que apresentarão aplicações reais que ocorrem nas empresas, para que os alunos se familiarizem com os processos industriais, ao longo do curso. O objetivo principal é trazer a cultura da FPF tech para a etech. “Faremos com que os nossos alunos vejam e vivenciem a realidade das empresas em todas as suas facetas, ou seja, a intenção é criar um ambiente onde eles possam se adaptar a todas as situações e ambientes”, ressalta Rosanna Lacouth, Gestora Educacional da etech.
Atração de talentos para a área da tecnologia
De acordo com Luis Braga, Diretor Executivo da FPF tech, um dos principais objetivos da instituição com esse novo projeto é atrair jovens talentos para a área da tecnologia. “Queremos atrair jovens talentos da Amazônia para a área de tecnologia, isso porque quanto mais cedo uma pessoa se interessa por esse ramo, a tendência de ela continuar nessa área é muito grande. Então, estamos ensinando a tecnologia e as suas possibilidades de emprego e ganhos para os jovens, o mais cedo possível. Com isso, a região vai ganhar muitos profissionais da área de tecnologia a curto e a médio prazos, destaca.
Grade curricular dos cursos
As grades curriculares dos dois cursos oferecidos foram elaboradas pensada a partir da crescente informatização da manufatura e da inserção de novas tecnologias nos processos produtivos (Indústria 4.0), que estão alterando as formas de produção e o processo de organização do trabalho.
A fusão da tecnologia digital e da internet com a indústria convencional está tornando as fábricas inteligentes, exigindo dos profissionais elevado nível de conhecimento técnico, novas competências e habilidades, capacidade de interação com diferentes áreas do conhecimento e competências socioemocionais (estímulo à autodisciplina, curiosidade, controle, persistência, resiliência, facilidade de relacionamento).
Nesse cenário, um dos gargalos encontrados é a escassez de profissionais com qualificação adequada para atuar em empresas que desenvolvem produtos com elevada densidade tecnológica, caso das empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM). Foi a partir desse cenário que a FPF tech planejou a criação da etech: formar profissionais para atuar em um ambiente de empresas intensivas no uso de tecnologia.
De acordo com Niomar Pimenta, profissional da área de Educação da FPF tech, a inovação é a essência da Fundação. Sendo assim, a etech nasce dentro desse espírito: inovar nos métodos e no processo de ensino-aprendizagem. “Nas salas de aula e nos laboratórios da etech, os alunos aprenderão os conceitos básicos e teóricos dos componentes curriculares de seus cursos e os aplicarão por meio da realização de projetos que, em boa parte, serão desafios tecnológicos propostos pelos profissionais da FPF tech, em conjunto com os professores”. Ressalte-se que a maior parte dos professores da etech é constituída por profissionais da FPF tech, o que possibilita a interação entre as duas áreas institucionais: educação e desenvolvimento tecnológico.
O público poderá acompanhar a inauguração da etech pelo Youtube:
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