Mais evidências sugerem que a alteração da cor das águas de Alter do Chão é resultado do garimpo. O Jornal Nacional divulgou a informação da Polícia Federal segundo a qual os garimpeiros despejam 7 milhões de toneladas de rejeitos no Tapajós. Outros possíveis fatores são a urbanização descontrolada, que resulta em desmatamento, especialmente da mata ciliar do rio, e saneamento básico precário, segundo a doutora em ciências biológicas, Dávia Talgatti, da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), ouvida pel’O Globo.
Na CNN, o pesquisador Tommaso Giarrizzo, coordenador do Grupo de Ecologia Aquática da Universidade Federal do Pará (UFPA), alertou que a água escura em Alter do Chão pode ter impacto “em escala global”, quando se considera o potencial tóxico do solo arrastado pelas chuvas até Alter do Chão e, posteriormente, para o mar.
Desviar os olhos das águas para olhar para cima não muda a perspectiva pessimista: a Isto É escreveu sobre pesquisa publicada no ano passado pela Nature que mostra a Amazônia emitindo mais gases de efeito estufa do que os capturando. A matéria explicou que a mudança, somada à ascensão da média de temperatura, alastrará a desertificação no chamado Arco do Desmatamento, forçando ondas de migração.
Mas toda essa destruição não acontece por acaso. Em artigo, o Valor descreve como os atos negacionistas de Bolsonaro trazem bons lucros diretos para quem comete ilegalidades.
Em tempo: o G1 Amazonas e o G1 Roraima detalharam os resultados do primeiro fórum da plataforma Amazônia Que Eu Quero, ocorrido em novembro passado. É o primeiro de cinco fóruns previstos pela plataforma e trouxe propostas de 10 soluções para o setor de infraestrutura da região.
Fonte: ClimaInfo
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