Em dia de negociações dedicado ao financiamento, Fundo Climático Verde deve voltar à tona. Enquanto isso, uma aliança global anuncia mais de R$ 730 trilhões em financiamento privado
Desde antes do início da 26ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26), já estava claro que três grandes temas iriam pautar a reunião de chefes de Estado e representantes de mais de 190 países em Glasgow, na Escócia. A necessidade de buscar maiores reduções nas emissões, a regulamentação do mercado internacional de carbono e o financiamento de ações contra a crise climática para países mais pobres e vulneráveis dominam as discussões no encontro que discute compromissos para frear o aquecimento global.
E “financiamento” é justamente o tema que deve centralizar as discussões nesta quarta-feira (3/11), contemplando tanto um auxílio na redução das emissões quanto na transição para uma economia verde. Durante a conferência, voltará à mesa de negociações a cobrança aos países ricos pelo não cumprimento das promessas de financiamento das ações em países em desenvolvimento, já que as nações desenvolvidas foram as primeiras a se industrializar e emitiram mais gases de efeito estufa ao longo da história.
“Os debates durante o encontro precisarão definir de forma mais clara de onde vêm os recursos, para onde serão destinados e quais serão os fluxos de dinheiro para financiar o combate às mudanças climáticas. Este será um dos maiores desafios. Sem dinheiro, não haverá mudança real”, define Felipe Borschiver, economista e consultor sênior de finanças climáticas no Laboratório Global de Inovação em Finanças Climáticas, projeto do Climate Policy Center.
Fonte: Um Só Planeta
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