Dados do sistema DETER/INPE mostraram uma queda de 32% na taxa de desmatamento na Amazônia em agosto de 2021 na comparação com o mesmo mês em 2020. No mês passado, os alertas de desmatamento abrangeram uma área de 918 km2, abaixo dos mais de 1,3 mil km2 registrados em agosto do ano passado. Por outro lado, esse número ainda está 42,7% acima do registrado em agosto de 2018 (525 km2), último ano antes da chegada de Jair Bolsonaro ao governo federal.
O agregado dos oito primeiros meses de 2021 também preocupa: de janeiro até agora, a Amazônia perdeu pouco mais de 6 mil km2 de floresta, valor ligeiramente inferior (1,2%) ao total de área desmatada registrada no mesmo período em 2020, ano recorde de desmatamento no bioma.
“Apesar dos dados divulgados hoje serem menores do que o mesmo mês de 2020, não podemos comemorar, pois é notório que não representa de fato uma queda, é apenas um declínio do padrão de destruição que se estabeleceu nos últimos anos, o “padrão Bolsonaro”. Não podemos normalizar a degradação da Amazônia e nos contentar com baixas tão irrisórias”, comentou Rômulo Batista, do Greenpeace Brasil. Associated Press, Congresso em Foco, Poder360 e Reuters destacaram a notícia.
No entanto, a situação do Cerrado é inversa: a área sob alerta de desmatamento em agosto foi a maior para esse mês desde 2018. De acordo com o INPE, o bioma perdeu 433 km2 de vegetação no mês passado, mais do que o dobro da taxa registrada no mesmo mês em 2020 (183 km2). A maior parte dos alertas ocorreu no Maranhão (123 km2), em Tocantins (92 km2) e na Bahia (71 km2). O Cerrado também sofre com as queimadas: o total dos primeiros oito meses de 2021 bateu os 31,5 mil focos de calor, o terceiro maior valor desde 2010 e o maior em nove anos. Somente em agosto, foram identificados 15.043 focos de calor, número 48% superior ao registrado no mesmo mês no ano passado. Folha e G1 repercutiram esses dados.
Fonte: CLimainfo
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