A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta 2ª feira (7/6) a inclusão do nome do presidente afastado do IBAMA, Eduardo Bim, no inquérito que investiga a atuação de Ricardo Salles em favor de madeireiros suspeitos de ilegalidades na Amazônia. Além de incluir Bim no rol de investigados, Cármen Lúcia também negou um pedido de afastamento de Salles, feito em abril passado pelo senador Fabiano Contarato (ES) depois da apresentação de notícia-crime contra o ministro pelo então superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva. De acordo com a ministra do STF, o pedido é improcedente pela falta de relação direta entre Contarato e o processo em questão. Considerando o inquérito, o único ator que teria condições legais de requerer o afastamento de Salles seria a Procuradoria-Geral da República (PGR) – lembrando que a própria PGR ainda deve submeter parecer ao ministro Alexandre de Moraes, também do STF, sobre um outro pedido de afastamento de Salles do cargo de ministro do meio ambiente, no âmbito da Operação Akuanduba. Jota, G1 e Metrópoles deram mais detalhes.
Falando na Operação Akuanduba, com quase 20 dias de atraso, Salles finalmente entregou ontem seu aparelho celular à PF. Segundo seus advogados, mesmo com o pedido de apreensão do celular feito no último dia 19, os agentes federais não teriam “requerido” o equipamento no dia da ação. O fato do celular de Salles não ter sido apreendido pela PF foi citado por Alexandre de Moraes como justificativa para um eventual afastamento e até mesmo prisão provisória do ministro do meio ambiente, sob a acusação de obstrução de Justiça. Salles aproveitou para contestar a versão apresentada pela PF: segundo ele, os investigadores “omitiram” fatos que lhe seriam favoráveis para induzir o STF ao erro. Por isso, ele pediu ao Supremo o arquivamento do inquérito. Estadão, O Globo, Valor e Veja destacaram essa notícia.
Fonte: ClimaInfo
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