A intensificação dos eventos climáticos extremos, como tempestades, inundações e ondas de calor, está aumentando a vulnerabilidade das pessoas mais pobres nos países em desenvolvimento, impondo riscos adicionais às vidas de milhões de pessoas nos países em desenvolvimento. Essa é a conclusão da nova edição do Índice de Risco Climático Global, publicado pelo think tank alemão Germanwatch, que apresentou dados consolidados sobre os principais eventos extremos do ano de 2019 e destacou a somatória das perdas e prejuízos causados por esses episódios desde 2000. Segundo o Índice, quase 480 mil pessoas morreram nas duas primeiras décadas do século XXI em decorrência de eventos climáticos extremos em todo o mundo. Oito dos dez países mais afetados nesse período são nações em desenvolvimento com renda per capita baixa ou média-baixa. Os prejuízos econômicos acumulados foram de aproximadamente US$ 2,56 trilhões. Em 2019, os países mais afetados por eventos extremos foram Moçambique, Zimbábue e Bahamas – os três atingidos por fortes tempestades (Idai na África, Dorian no Caribe). Falando em tempestades, elas foram a principal causa de danos em 2019: dos dez países mais afetados no ano retrasado, seis foram atingidos por ciclones tropicais, que causaram chuvas intensas, inundações e deslizamentos de terra.
Deutsche Welle, Reuters e RTP deram destaque para o relatório.
Em tempo: Já um levantamento da seguradora Aon mostrou que as catástrofes naturais de 2020 resultaram em US$ 97 bilhões em perdas seguradas, valor 40% acima da média deste século. Só o furacão Laura, que atingiu os EUA e o Caribe em agosto passado, foi responsável por prejuízos de mais de US$ 10 bilhões, o maior sinistro do ano. As perdas econômicas de desastres naturais segurados e não segurados totalizaram US$ 168 bilhões, com as enchentes na China entre junho e setembro causando o maior evento de perda em 2020, com US$ 35 bilhões. A Reuters deu mais detalhes.
Fonte: ClimaInfo
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