O mapa desenhado no Plano Mourão é assustador: há áreas já consolidadas, outras onde o verde representa a floresta intacta – que ele chama de “economia florestal” – e uma enorme área marcada em vermelho de “expansão da ocupação”. Esta última corresponde, grosso modo, a toda a área ao sul da Transamazônica e a metade do estado de Roraima. A área verde é menos da metade do mapa. Se é verdade que o ponto sem volta da floresta é uma perda entre 20% a 25%, o Plano Mourão fará a floresta virar uma savana degradada.
Ontem, Daniela Chiaretti, conversou no Valor com especialistas que apontaram a não menção do INPE no plano de Mourão, apesar do instituto ser responsável pelo monitoramento do desmatamento e das queimadas. Os Povos Indígenas e Quilombolas foram praticamente ignorados. O mesmo para Ibama e ICMBio que, aliás, aparecem só na linha que fala de sua reestruturação.
O temor com o plano aumenta com a intenção de Mourão de fazer de seu Plano algo “algo que permaneça, independentemente do governo de turno. Que não seja rasgado e que seja um planejamento factível”.
Fonte: ClimaInfo
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