Um grupo de 450 bancos públicos de desenvolvimento de todo o mundo firmou ontem (12/11) um compromisso em prol do financiamento para a recuperação verde pós-pandemia alinhando os esforços de retomada da economia com o enfrentamento da mudança do clima, em especial nos países mais pobres. Juntas, as instituições investem cerca de US$ 2,3 trilhões a cada ano – o equivalente a 10% de todos os investimentos globais de fontes públicas e privadas.
De acordo com a declaração, os bancos se comprometeram a “aumentar o ritmo e a cobertura” de investimentos em energia renovável, eficiência energética e tecnologias limpas. No entanto, o compromisso não prevê parar de investir em combustíveis fósseis, o que enfraquece consideravelmente o impacto dessas medidas contra o aquecimento do planeta. Ainda assim, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a manifestação dos bancos públicos de desenvolvimento é “encorajadora” e defendeu que essas instituições avancem o quanto antes em um plano para eliminar o financiamento da energia fóssil.
Em tempo: O secretário-executivo da OCDE, Angel Gurría, alertou que a crise econômica causada pela pandemia ameaça o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) para 2030. A crise da COVID-19 elevou para US$ 4 trilhões o déficit de financiamento necessário para que as nações em desenvolvimento possam atingir as metas globais para erradicar a pobreza e a fome até o final desta década. Reuters deu mais detalhes.
Fonte: ClimaInfo
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