Na última semana, dois textos interessantes analisaram as ações recentes anunciadas pelo Banco Central do Brasil para impulsionar o mercado financeiro verde no país. No Estadão, Ana Carla Abrão (da consultoria Oliver Wyman) explicou os principais pontos dessa proposta e comemorou o que ela vê como “uma agenda sem volta” para o Brasil. “Esse passo fundamental pavimenta as duas vias de atuação do sistema financeiro no tema socioambiental: ao mesmo que fomenta as ações de responsabilidade social e destaca a relevância do engajamento dos bancos na agenda de sustentabilidade, (…) incorpora a visão de mensuração dos riscos socioambientais – a começar pelos riscos climáticos – nas carteiras de crédito das instituições financeiras”.
Já no Valor, Camilla Villard Duran (da Faculdade de Direito da USP) e Caio Borges e Gustavo Pinheiro (do Instituto Clima e Sociedade) ressaltaram que a efetividade das propostas depende de alterações regulatórias substanciais, bem como da ambição do próprio BC e da vigilância da sociedade civil. “Não há tempo a perder: o país está literalmente em chamas, em vias de descumprir suas metas climáticas, em meio a uma crise de biodiversidade e recursos hídricos”, escrevem. “É hora do BC implementar medidas efetivas, especialmente para instituições que financiam projetos, corporações e cadeias produtivas com maior exposição a riscos e maior potencial de impactos sociais, ambientais e climáticos”.
Fonte: ClimaInfo
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