O ex-secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente João Paulo Capobianco criticou a revogação de resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Para o ex-dirigente, que ocupou o cargo no governo Lula, a medida revela antipatriotismo do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
O ex-secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente João Paulo Capobianco acusou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de ser o maior “antipatriota” a ocupar um cargo público na história do Brasil e fez duras críticas à revogação de resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). No dia 28 de setembro, o conselho revogou importantes resoluções de proteção a manguezais e restingas.
“Cabe a quem está ocupando o cargo de ministro do Meio Ambiente de ter a seriedade necessária para analisar uma proposta, por mais que ela já tenha sido debatida. Isso não justifica uma decisão dessa, tomada de forma absolutamente extemporânea, em caráter emergencial”, disse Capobianco, que participou de debate na Jovem Pan, nesta quinta-feira (8), com o titular da pasta.
De acordo com o ex-secretário, ministro governa com base em “parecer” e “boiada”, em referência à fala de Salles na reunião ministerial do dia 22 de abril, em que disse que “passaria a boiada” na legislação ambiental.
As críticas do ministro dele na pasta aumentaram a partir do segundo trimestre deste ano, após a divulgação de conteúdo de um vídeo da reunião ministerial que aconteceu no dia 22 de abril, quando Salles sugeriu que o governo deveria aproveitar a atenção da imprensa voltada à pandemia de Covid-19 para aprovar “reformas infralegais de desregulamentação e simplificação” na área do meio ambiente e “ir passando a boiada”.
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