Esta pergunta não tem apenas uma resposta por uma razão muito simples: são infinitas as perspectivas da floresta, sob todos os pontos de vista, e é insondável sua biodiversidade. Para se ter uma ideia, pouco mais de 5% do banco estimado de germoplasma foi para os laboratórios. Por isso, na ótica da bioeconomia, dos recursos geológicos e minerais, energeticos… etc., etc., poderíamos escrever bibliotecas físicas e digitais impensáveis sobre a região.
E é com esta premissa que está sendo preparado o Fórum de Investimentos de Impacto e Negócios Sustentáveis na Amazônia, http://forum.ppa.org.br/, que se realizarão no Studio 5 nos próximos dias 13 e 14, sob a coordenação do Idesam, e um amontoado de parceiros, patrocinadores e expositores atuantes na região. A intenção do evento é de revelar um verdadeiro festival de Impacto, no sentido mais fecundo deste termo quando se trata de mudança de paradigmas e atitudes na conjugação do verbo empreender. Nada será como antes.
Quando falamos em inovação, queremos afirmar tão somente que é possível criar espaços de novas respostas para velhos problemas. E as estatísticas revelam que, a despeito da crise, nunca foi tão gratificante vivenciar a Amazônia, degustar seus sabores, aspirar seus aromas, viajar em seus encantos e formatação criativa de novos negócios. O termo bioeconomia ganha status de negócio inovador e os serviços ambientais viram moedas verdes nos empreendimentos climáticos abençoados pelas grandes corporações a procura de imprimir o impacto positivo de uma economia de mais dadas com a ecologia e a proteção do planeta.
Explodem startups na floresta como gases do contraponto ao efeito estufa que se materializam em novas oportunidades. E é exatamente esta a premissa robusta do I Fórum de Investimentos de Impacto, promovendo e premiando os Negócios Sustentáveis da Amazônia. Um momento único de diálogo e troca entre as startups inovadoras amazônicas e os potenciais investidores, nacionais e internacionais. Trata-se de uma tradução inovadora do sentido e do alcance das finanças sociais associadas aos investimentos de impacto na região mais cobiçada pelo imaginário da inovação e dos investimentos.
Manaus hospedou recentemente uma Conferência Internacional sobre Gestão da Amazônia, onde essa questão permeou todo o debate. Quais são as vocações de negócios da floresta, como gerar uma economia limpa, qual a importância e viabilidade para a região da Bioeconomia Sustentável. Desde seus fundamentos conceituais há 50 anos, a economia regional da contrapartida fiscal remeteu, necessariamente, ao alinhamento da ocupação florestal onde o desenvolvimento não afetasse a ecologia, os parâmetros do bioma florestal amazônico. Hoje, as empresas que aqui se instalaram começaram a perceber as vantagens para sua reputação ao contribuir para investimentos em C&T&I, Ciência, Tecnologia e Inovação, no ambiente florestal. Esse movimento já começou e tudo sugere que não terá retrocesso.
É significativo realçar que a balança comercial brasileira deve metade de seu desempenho aos ativos financeiros do agronegócio, mas as emissões de carbono da Agricultura tendem a enfraquecer nosso papel como liderança na questão ambiental. Essa é a razão da aproximação de algumas lideranças daquele setor se interessarem por Bioeconomia de cosméticos, fármacos e alimentos funcionais, com alto valor agregado de inovação tecnológica, cujos resultados tendem a gerar mais receita com melhor desempenho de baixo carbono de que as emissões de resíduos de algumas atividades das commodities.
Portanto, abstraindo nossas deficiências de infraestrutura de transportes, energia e comunicação, fica cada vez mais claro que nos resta equacionar nosso maior gargalo: a viabilização de uma bioeconomia de baixo carbono através de seu principal impacto: a capacitação de recursos humanos.
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