“O esforço coletivo para manter a Zona Franca de Manaus intacta reflete a valorização de um modelo que se alinha às demandas contemporâneas de sustentabilidade e responsabilidade ambiental.”
Por Belmiro Vianez Filho
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Criada em 1967 pelo Decreto 288/67, a Zona Franca de Manaus (ZFM) foi idealizada com três pilares fundamentais: comércio, indústria e agropecuária. Esses elementos eram vistos como partes indissociáveis de um modelo de desenvolvimento sustentável e regional, que transformaria a economia do Amazonas e da Amazônia Ocidental. Desde sua origem, a ZFM foi planejada para trazer progresso econômico, promover a substituição de importações e criar empregos locais, preservando, ao mesmo tempo, a integridade da floresta.
O comércio, um dos pilares decisivos da ZFM, foi crucial não apenas para impulsionar a economia local, mas também para criar uma base de demanda e estrutura de mercado. Através do comércio, foram estabelecidos parâmetros para a indústria que permitiram a substituição de produtos importados por itens produzidos localmente. Essa dinâmica fortaleceu o tecido econômico regional como também transformou Manaus em um polo de desenvolvimento que conseguiu equilibrar crescimento e preservação ambiental. Esta façanha tem sido aplaudida por organismos internacionais como OMC e União Europeia.
Em um cenário de reforma tributária, proteger a ZFM significa resguardar esses pilares fundamentais e assegurar que o Amazonas continue sendo um exemplo de desenvolvimento sustentável.
Figuras como Thomas Nogueira, Afonso Lobo, Marcelo Ramos e Farid Mendonça Jr. se destacam na defesa deste modelo, com uma dedicação que reforça a importância de preservar as conquistas de um projeto que já provou sua eficácia. Esses líderes, e também especialistas em desenvolvimento regional, com apoio de entidades como a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Manaus, Associação Comercial do Amazonas (ACA), entre outras, se mobilizam para garantir que o comércio e a indústria da ZFM não percam suas vantagens competitivas.
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A ZFM é muito mais que um incentivo fiscal; é um modelo de economia regional sustentável que gera empregos, desenvolvimento e inclusão social. Em tempos de incertezas tributárias, assegurar esses benefícios é garantir que o Amazonas continue no caminho do progresso sustentável, com um comércio ativo, uma indústria eficiente e uma agropecuária adaptada ao bioma amazônico.
O esforço coletivo para manter a ZFM intacta reflete a valorização de um modelo que se alinha às demandas contemporâneas de sustentabilidade e responsabilidade ambiental. Esse modelo, que começou com os fenícios e evoluiu até as margens do Amazonas, é um verdadeiro patrimônio nacional e internacional.
Belmiro Vianez Filho é empresário do comércio, ex-presidente da ACA e colunista do portal BrasilAmazôniaAgora e Jornal do Commércio