“Todos contribuíram de forma efetiva para o destravando de um processo que estava em andamento há 15 anos e estabelece um novo marco na economia do estado.”
Por Antônio Silva
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Em cerimônia transcorrida no dia 9 do corrente o Governador Wilson Lima fez a entrega da Licença de Instalação de Mina para o Projeto Potássio Autazes ao presidente da empresa Potássio do Brasil, Adriano Espeschit, concedida pelo Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam).
Presentes no evento o vice-governador Tadeu de Souza, o prefeito de Autazes, Anderson Cavalcante, o deputado federal Silas Câmara, o deputado estadual Sinésio Campos, o Secretário de Estado de Mineração, Ronney Peixoto, o presidente do Ipaam, Juliano Valente, e várias autoridades.
A empresa brasileira Potássio do Brasil, que tem capital fechado controlado por investidores brasileiros e estrangeiros, liderada pela canadense Forbes & Manhattan, pretende investir cerca de US$ 2,5 bilhões neste projeto. A instalação da mina de silvinita, minério de onde é extraído o potássio, no município de Autazes, deverá gerar mais de 17 mil empregos diretos e indiretos, quando a atividade estiver em plena operação. Desde a descoberta da área em 2010, foram investidos pelo grupo no projeto cerca de R$ 1 bilhão.
Para concessão da licença foram consideradas todas as condicionantes ambientais vigentes, após a conclusão de vários estudos ambientais, sociais e técnicos, bem como a conclusão bem-sucedida das “consultas livres, prévias e informadas” aos povos indígenas locais.
O projeto Potássio Autazes é de suma importância, considerando que o Brasil importa 96,5% do cloreto de potássio utilizado para fertilização do solo, sendo o maior importador mundial, de acordo com dados do Ministério de Minas e Energia (MME).
Segundo o Ministério da Agricultura (MA), a projeção para a próxima década da produção agrícola do Brasil saltará dos atuais 250,9 milhões (2019/2020), para 318,3 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 27%. Por isso a necessidade premente do país reduzir a alta dependência externa de fertilizantes, para possibilitar atender a demanda crescente de produção do agronegócio, com impacto positivo imediato para o setor agrícola brasileiro e para produção nacional de fertilizantes, quando esse projeto estiver operando.
Este é um passo importante para o Amazonas atrair investimentos e criar mais uma matriz econômica, a partir do gás natural e da silvinita com a implantação de um polo de fertilizantes. É a contribuição do setor produtivo local para a balança comercial do país, com a redução dos custos de importação deste importante insumo agrícola que vai propiciar, também, segurança alimentar para o Brasil e para o mundo, com o estímulo à produção do campo, que tem o país como um dos líderes globais.
Reconheço e enalteço o empenho demonstrado há décadas pelo deputado estadual Sinésio Campos em prol da exploração do potássio no município de Autazes, lutando incansavelmente para eliminar os entraves que obstruíam a aprovação do licenciamento, assim como destaco a diligência da equipe técnica, do presidente Juliano Valente e do diretor jurídico André Chuvas do Ipaam. Todos contribuíram de forma efetiva para o destravando de um processo que estava em andamento há 15 anos e estabelece um novo marco na economia do estado.
Agradeço ao Exmo. Governador Wilson Lima pelo cumprimento imediato da autorização judicial que reconhece a competência do Ipaam para a aprovação do licenciamento ambiental do empreendimento, possibilitando-nos produzir o potássio, essencial para a agricultura do Brasil e importante para a eficiência do cultivo de alimentos.
Antônio Silva é administrador de empresas, empresário e presidente da Federação das Indústrias do estado do Amazonas e vice presidente da CNI.
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