Financiamentos para projetos de Bioeconomia ajudam nos investimentos para startups no Amapá e a manter uma economia aliada da natureza no Estado, que tem 73% do seu território ocupado por áreas protegidas ou de conservação e com isso, uma infinidade de espécies de alto valor comercial a serem exploradas com sustentabilidade
Se destacando cada vez mais pelo potencial no mercado da bioeconomia e das soluções baseadas na natureza, a região Norte do país vem chamando cada vez mais a atenção de investidores. Entretanto, atrair investimentos para além do eixo Belém-Manaus ainda é um desafio, que está, aos poucos, sendo quebrado pela crescente de startups observadas no Amapá. O Estado conta com 97% de cobertura de vegetação nativa e é tradição no mercado de açaí e piscicultura.
Desde a pandemia, o Amapá passou por uma onda de startups: 17% das novas empresas de tecnologia e inovação amapaenses foram criadas em 2021 e 54% em 2022.
Relevância dos investimentos de Bioeconomia
Unir a economia aliada da natureza e o desenvolvimento econômico é especialmente importante para o Estado, já que 73% do seu território está ocupado por áreas protegidas ou de conservação. Nesse contexto, financiamentos sustentáveis ajudam o Estado, com iniciativas como o o Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio), coordenado pela ONG amazonense Idesam. Ele visa integrar e intensificar atividades de pesquisa em biodiversidade no Brasil, colaborando para garantir a visibilidade para as empresas que atuam neste setor.
A bioeconomia é a prática de utilização sustentável e regenerativa de recursos da natureza para a produção dos mais variados produtos, de maneira a promover uma economia que busque o desenvolvimento econômico ao mesmo tempo que promove a conservação ambiental.
Para Carlos Koury, diretor de inovação em bioeconomia do Idesam, o Amapá se tornou um ambiente favorável para a bioeconomia pela presença dos recursos naturais e a alta de investimentos privados e políticas públicas. “No Amapá, encontramos iniciativas de inovação em estágio maduro para investimento, abordando produtos e soluções para o mercado global”, aponta. Segundo ele, “o ambiente favorável atrai novos atores, investidores e startups”.
“O Estado conta com um ambiente colaborativo entre startups e demais atores do ecossistema, conectado a investidores e tendências nacionais”, completa Paulo Simonetti, gerente de projetos-inovação em bioeconomia do Idesam.
Leia também a última entrevista de Carlos Koury para o portal Brasil Amazônia Agora em:
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