Sob a liderança da conselheira-presidente Yara Amazônia Lins, o TCE-AM iniciou uma auditoria operacional inovadora, coordenada pelo conselheiro Júlio Pinheiro e com a participação da diretora de Projetos Ambientais, Anete Ferreira. Esta auditoria difere das abordagens convencionais ao adotar uma análise holística da gestão ambiental
O Estado do Amazonas, notável por sua posição de liderança em sustentabilidade no Brasil, enfrenta o desafio contínuo de gerenciar e proteger seu vasto patrimônio florestal diante dos crescentes fenômenos climáticos extremos que afetam o globo. Neste contexto, a iniciativa do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) de fiscalizar e monitorar as condições ambientais, florestais e climáticas surge como uma medida essencial para a preservação do bem-estar social e o uso adequado dos recursos públicos.
Sob a liderança da conselheira-presidente Yara Amazônia Lins, o TCE-AM iniciou uma auditoria operacional inovadora, coordenada pelo conselheiro Júlio Pinheiro e com a participação da diretora de Projetos Ambientais, Anete Ferreira. Esta auditoria difere das abordagens convencionais ao adotar uma análise holística da gestão ambiental. Ao invés de focar em incidentes isolados, busca-se uma compreensão abrangente das operações, identificando padrões que possam explicar a persistência de problemas como o desmatamento e a exploração ilegal.
O diferencial desta auditoria está na sua capacidade de examinar profundamente as causas dos obstáculos operacionais, como a falta de recursos, infraestrutura inadequada ou falhas de logística, permitindo assim um diagnóstico preciso e a formulação de recomendações estratégicas. “Esta abordagem ampla é vital para entendermos os desafios complexos que enfrentamos na gestão das florestas do Amazonas”, explica Anete Ferreira.
A relevância desta auditoria se estende além da identificação de problemas, propondo soluções para melhorar a governança florestal e combater o desmatamento de forma eficaz. “Nossa meta é fortalecer a governança e a resposta às questões climáticas e ambientais, garantindo a sustentabilidade a longo prazo do nosso ecossistema florestal”, comenta Stanley Scherrer, secretário de Controle Externo do TCE-AM.
Como parte dos procedimentos, a auditoria incluirá visitas técnicas ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) e à Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), focando em pesquisa documental e entrevistas para captar a realidade dos desafios enfrentados pelos gestores locais. Jonas Almeida, Diretor de Controle Externo Ambiental do TCE-AM, destaca a importância destas inspeções: “É fundamental entendermos as dificuldades no terreno para adaptarmos nossas estratégias e respostas às necessidades reais da gestão florestal.”
Além disso, o TCE-AM está investindo na capacitação de seus auditores. Um curso especializado foi ministrado por Sérgio Gonçalves, da Universidade Federal do Amazonas, e contou com a participação de especialistas como Cristina Galvão Alves e Morgana Ferreira Aguiar, que trouxeram perspectivas valiosas sobre a gestão de concessões florestais e as ciências ambientais.
Este esforço de auditoria do TCE-AM não apenas ressalta a dedicação do tribunal à proteção ambiental, mas também reforça a importância de uma vigilância e gestão contínuas das florestas do Amazonas, assegurando que o estado continue a ser um exemplo de sustentabilidade e gestão ambiental responsável. Através desta iniciativa, o tribunal está definindo um padrão de responsabilidade e inovação que poderá servir de modelo para outras regiões do Brasil e do mundo.
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