O fenômeno El Niño atinge pico e começa a perder força, com previsão de neutralidade climática no final do ano, afetando padrões globais de temperatura e chuva
O fenômeno El Niño, caracterizado pelo aquecimento das águas do Pacífico Equatorial acima da média, atingiu seu auge e é esperado outro pico neste mês de janeiro. Contudo, a partir de fevereiro, a intensidade do fenômeno começará a diminuir, conforme as previsões de Andrea Ramos, do Instituto Nacional de Metrologia (Inmet).
Previsão da diminuição do fenômeno
Andrea Ramos, do Inmet, explicou que, segundo os modelos, o El Niño começará a perder força a partir de fevereiro. Embora continue influenciando aspectos climáticos como chuva, pressão e vento, sua intensidade será reduzida. A previsão é que o fenômeno termine no outono de deste ano, dando lugar a uma fase de neutralidade climática.
Durante a fase neutra, não ocorrem eventos do El Niño nem do La Niña, mantendo-se as condições climáticas típicas das estações. Primavera e verão são períodos mais quentes e chuvosos. A meteorologista descreve o outono como uma fase de transição, com temperaturas iniciais elevadas e uma progressiva diminuição das altas temperaturas.
Previsão do La Niña
A previsão Clima Noah indica a possibilidade do La Niña em setembro. Andrea Ramos esclareceu que o La Niña representa condições opostas ao El Niño, trazendo frio e alterando o padrão de chuvas entre as regiões Sul e Norte.
Impacto em 2023 e 2024
O fenômeno contribuiu para que 2023 fosse o ano mais quente em 174 anos de medições da Organização Meteorológica Mundial. No Brasil, o fenômeno foi significativo, porém não tão intenso quanto o super El Niño de 2015/2016.
As temperaturas durante o verão deste ano, abrangendo janeiro a março, devem ficar acima da média. A partir de abril e maio, espera-se uma tendência de diminuição das temperaturas, conforme indicado pela previsão climática.
Além do El Niño, o aquecimento do Atlântico também afetou as condições climáticas, intensificando as ondas de calor em 2023. Andrea Ramos ressalta que tanto o Pacífico quanto o Atlântico são aquecidos pelo fenômeno, afetando globalmente o clima.
Para o verão, prevê-se que as temperaturas ficarão acima da média, com a possibilidade de ondas de calor. Andrea Ramos enfatiza que para ocorrerem essas ondas, as temperaturas devem exceder em 5º C a temperatura máxima usual.
Andrea Ramos salienta a necessidade de monitoramento contínuo e diferenciado entre a previsão do tempo e a previsão do clima. Ela alerta que a previsão do tempo indica chuvas até o final deste mês.
Com informações da Agência Brasil
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