O roubo de combustíveis nos rios do Amazonas gerou prejuízo de R$ 7 milhões às empresas de janeiro a junho deste ano, diz o Sindarma (Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas).
De acordo com o presidente do Sindarma, Galdino Alencar, diariamente os comboios são atacados em diferentes regiões do Estado. “Todos os dias recebemos relatos de tentativas que são evitadas por conta da escolta. A situação é alarmante e ainda nem estamos na época mais crítica do ano, quando os rios estão mais secos e a navegabilidade fica prejudicada em vários trechos, o que facilita a ação dos piratas”, disse.
Galdino Alencar disse que esse valor é referente apenas aos derivados de petróleo roubados pelas quadrilhas e não inclui os comboios abordados transportando eletroeletrônicos produzidos no Polo Industrial de Manaus para outras regiões do país via fluvial, além de alimentos, outros produtos, equipamentos quebrados e principalmente agressões contra os tripulantes.
Segundo o Sindarma, em 2022, os prejuízos com as ações dos piratas atingiram R$ 35 milhões.
O Sindicato defende a criação da Polícia Hidroviária Federal. “Ao longo dos anos abraçamos este projeto de implantação desta força pública de segurança que possa estar presente de forma permanente nos rios, ou pelo menos nas principais rotas fluviais do estado, com bases fixas, estrutura de investigação e serviço de inteligência”, diz Galdino.
O empresário afirma que as empresas investem em segurança para manter o abastecimento regular de combustível no interior do estado. “Porém, ainda não é o suficiente porque os piratas seguem agindo livremente. Eles estão preparados e fortemente armados para qualquer situação e também são uma ameaça para barcos de passageiros e ribeirinhos”.
Originalmente publicado pelo: AMAZONAS ATUAL
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