Brasil enfrenta segundo dia de recordes em consumo elétrico, impulsionado por ondas de calor extremo. Maior parte da demanda é atendida por geração hidráulica e solar, com ar condicionado sendo grande consumidor.
Diversas cidades brasileiras vivenciaram um calor sem precedentes, estabelecendo um novo recorde na tarde desta terça-feira. A demanda por energia elétrica alcançou um pico histórico às 14h17, horário de Brasília, com a carga do Sistema Interligado Nacional (SIN) chegando a 101.186 MW. Esta é a segunda ocasião consecutiva em que o Brasil atinge um nível recorde de utilização de energia elétrica.
Composição do consumo de energia
Conforme informações do Operador Nacional do Sistema (ONS), a maior parte da energia consumida nesse período provém da geração hidráulica, correspondendo a 59,2% ou 59.897 MW da carga total. A energia solar vem em segundo lugar, com uma contribuição de 19,6%.
A participação da energia térmica foi de 11,4%, enquanto a energia eólica contribuiu com 9,3%. Adicionalmente, o ONS indicou que a importação de energia representava 0,5% do total durante o pico de consumo da tarde.
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No dia anterior, o ONS atribuiu o recorde de consumo principalmente às altas temperaturas. Uma nota do órgão enfatizou: “A principal razão para este comportamento da carga é a significativa elevação de temperatura verificada em grande parte do Brasil”.
Impacto dos aparelhos de ar condicionado
Um levantamento realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) revela que os aparelhos de ar condicionado já são responsáveis por 17,1% do consumo elétrico nas residências brasileiras. Existem aproximadamente 14 milhões desses aparelhos no país, que usualmente operam cerca de oito horas por dia nas casas e têm uma vida útil média de 12 anos.
Com informações da CNN
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