O amazônida tem mentalidade engenhosa, capacidade de combinar inteligência, força e inspiração para promover um movimento de renovação com pensamento de longo prazo, estruturando meios e alinhamentos necessários ao desenvolvimento socioeconômico sustentável.
Por Gilmar Freitas
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Na primeira reunião do ano, o Conselho de Administração da Suframa (CAS) foi presidido pelo vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, que acumula o comando do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Em pronunciamento, Sua Excelência manifestou um posicionamento que vem ao encontro do que a maioria dos amazônidas defende, ou seja, a necessidade de ampliar investimentos para o desenvolvimento de setores nos quais os recursos naturais são destaque, como é o caso da biotecnologia, gás natural, potássio e mercado de carbono, entre outros.
Os produtos e insumos provenientes desses setores são essenciais para desenvolver a indústria, comércio, serviços e agricultura. Numa época em que a velocidade e a escala das mudanças se aceleram, para manter competitiva e relevante a nossa economia que, com base nos incentivos fiscais fez florescer em plena selva amazônica um parque industrial capaz de substituir importações em todo o Brasil, é preciso ousar na inovação, descobrindo novos espaços, com novas ideias e novas oportunidades, pois manter o status quo deixa de ser uma opção.
Como falou o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin é preciso investir; melhorar a infraestrutura portuária, fluvial, rodoviária, telecomunicações etc.; investir em atividades que utilizem recursos naturais da região e promovam a formação técnica-profissional de excelência; priorizar o desenvolvimento das atividades produtivas no interior do estado, estancando o êxodo rural; estimular empreendimentos baseados em recursos minerais, como potássio, gás, bauxita, nióbio etc., insumos importantes para o fomento de novos polos econômicos, como fertilizantes, metalúrgico e químico; investir em recursos naturais voltados para o desenvolvimento de polos de alimentação, higiene pessoal, cosméticos, medicamentos, perfumaria e melhorar a estrutura do turismo.
A Zona Franca de Manaus (ZFM) precisa ser mantida, com uma estratégia multifacetada, que inclua suporte institucional e participação da academia, governo, startups, indústria, agroindústria, agricultura, comércio, serviços e parceiros internacionais. Criando e desenvolvendo seus próprios modelos de desenvolvimento sustentável, utilizando-se da educação e da tecnologia.
O amazônida tem mentalidade engenhosa, capacidade de combinar inteligência, força e inspiração para promover um movimento de renovação com pensamento de longo prazo, estruturando meios e alinhamentos necessários ao desenvolvimento socioeconômico sustentável.
A luta pelo desenvolvimento sustentado só será vencida se começar logo e acelerar, tendo a iniciativa e a tenacidade como ferramentas principais, aperfeiçoando o que for preciso e modificando o que não tiver dando certo. Que venha a reforma tributária, vamos procurar as soluções, sem fugir dos problemas, pois as questões principais não serão as limitações, mas o que temos de fazer melhor dentro das limitações. Para no final podermos dizer, plagiando o apóstolo Paulo: “combati o bom combate e completei a carreira”.
Gilmar Freitas é Assessor Econômico da Presidência da FIEAM
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