A ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) reafirmou nesta 2ª feira (6/2) que a prioridade das ações do governo federal na Terra Yanomami, além da expulsão dos garimpeiros do território, é a identificação dos financiadores da atividade ilegal.
“Você consegue imaginar o garimpeiro que carrega a trouxa de lama na cabeça, que é ele que compra aqueles equipamentos, que tem como fornecer o combustível, que fornece a cadeia de alimentos, a infraestrutura de avião?”, questionou Marina em fala durante a posse do novo presidente do BNDES, o ex-senador Aloísio Mercadante.
Marina Silva também lamentou a situação dramática vivida pelos Yanomamis e acusou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro de “induzir” a população indígena ao extermínio.
“Tem coisas que não podem ser reparadas. Como reparar uma vida [perdida]? Como reparar crianças desnutridas? Como reparar crianças que foram estupradas e estão grávidas?”. CartaCapital, Folha, g1 e UOLdestacaram a fala.
Em entrevista ao Guardian, a ministra defendeu a investigação de Bolsonaro por genocídio contra os Yanomamis. Ela também abordou os principais desafios de sua nova gestão no Meio Ambiente, bem como o cenário de devastação da área ambiental deixada pelo governo anterior.
Em tempo: Por falar na posse de Mercadante no BNDES, o novo presidente do banco defendeu uma abordagem voltada à reindustrialização verde do país, com foco nas cadeias de maior valor agregado e mais competitividade em um mercado internacional mais exigente. “O Brasil é um dos principais exportadores de produtos agrícolas, mas os produtos de alto valor agregado também são importantes. O Brasil não pode ser só a fazenda do mundo”, disse Mercadante, citado pelo Valor.
Texto publicado em CLIMA INFO
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