O cultivo de frutas no Brasil é uma atividade econômica significativa, com o país sendo um dos maiores produtores globais de várias frutas tropicais. Agora, uma nova variedade de maracujá doce, desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), está pronta para agregar valor a este segmento, oferecendo aos fruticultores, especialmente os do Cerrado, uma nova opção para diversificar seus plantios.
A nova variedade de maracujá doce já está disponível em alguns supermercados e tem sido bem recebida tanto por produtores quanto por consumidores. Este desenvolvimento é o resultado de 20 anos de pesquisa e seleção, focados em alcançar uma fruta com sabor mais agradável, alta produtividade e maior tolerância a pragas.
Os pesquisadores da Embrapa dedicaram duas décadas para elaborar técnicas específicas de cultivo, como adubação, irrigação e manejo fitossanitário, essenciais para garantir a viabilidade e a qualidade da nova variedade de maracujá.
Fábio Faleiro, pesquisador da Embrapa, relata o processo meticuloso por trás deste avanço: “No início, a gente coletou material de diferentes origens dessa espécie. Ao longo dos anos, foram feitos trabalhos de seleção e recombinação. Quer dizer, nós fomos selecionando as plantas mais produtivas e com maior tolerância a pragas e doenças e que fornecessem um fruto com formato para agradar aos consumidores mais exigentes”.
Com o contínuo apoio à pesquisa e desenvolvimento, o país está bem posicionado para explorar novas oportunidades no setor frutícola, potencializando a rica biodiversidade brasileira para satisfazer as paladares locais e globais, ao mesmo tempo que sustenta as comunidades de produtores rurais.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem sido um farol de inovação agronômica no Brasil. Recentemente, ela apresentou ao mercado uma nova variedade de maracujá doce, que está destinada a transformar a fruticultura nacional. Esta nova cultivar não apenas promete ser uma opção atraente para os consumidores devido ao seu sabor mais suave, mas também oferece aos fruticultores de diferentes escalas um cultivo versátil e rentável.
Conforme explicado por Fábio Faleiro, pesquisador da Embrapa, a nova cultivar de maracujá foi desenvolvida pensando na diversidade de produtores brasileiros: “Tanto o produtor altamente tecnificado quanto o agricultor familiar podem utilizar essa cultivar. E até aquele agricultor urbano, que vai plantar três ou quatro plantas no fundo do quintal”.
A Embrapa está no processo de ampliar a rede de validação tecnológica para essa nova variedade de maracujá doce, com ensaios experimentais já em andamento nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do país. Este é um passo significativo para garantir que os fruticultores de todo o Brasil tenham acesso a esta inovadora opção de cultivo.
Uma das grandes vantagens dessa nova variedade é a possibilidade de diversificação da produção, especialmente para os produtores que já cultivam o maracujá azedo. Além de aproveitar a mão de obra e infraestrutura existente, como estufas, os produtores podem agora expandir sua fonte de renda com a adição do maracujá doce às suas operações.
Mauro César Santos, um produtor que já teve a oportunidade de cultivar a nova variedade, destaca a otimização do tempo de trabalho como uma vantagem distintiva: “Eu consigo otimizar pelo fato de a floração do maracujá doce acontecer no período da manhã. Nesse período, meu funcionário está aqui dentro pela manhã trabalhando pra mim. No período da tarde, ele vai fazer a flor do maracujá azedo. No primeiro momento, a gente conseguiu um preço interessante, que chegou a ser melhor que o do maracujá azedo”.
A chegada do maracujá doce no mercado apresenta uma perspectiva animadora para a fruticultura brasileira, proporcionando uma opção de cultivo resistente, produtiva e economicamente viável. Além disso, a adaptabilidade da nova cultivar para diferentes tipos de produtores e regiões fortalece a inclusão e sustentabilidade no setor agrícola do país, evidenciando mais uma vez o impacto positivo da pesquisa e desenvolvimento agronômico contínuo no Brasil.
*Com informações CANAL RURAL
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