Em reunião dos Brics, o presidente brasileiro chamou de “neocolonialismo verde” a iniciativa de países de condicionar acordos econômicos com uma roupagem verde e demagógica.
Durante o fórum de empresários do Brics nesta 3ª feira (22.ago.2023), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alertou sobre o surgimento do que ele rotulou de “neoliberalismo verde”, uma abordagem que, segundo ele, utiliza medidas discriminatórias sob o manto da proteção ambiental.
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Barreiras comerciais e Meio Ambiente
“No cenário atual, vemos um neocolonialismo verde que levanta barreiras comerciais e utiliza medidas discriminatórias, alegando a proteção ambiental como justificativa”, destacou Lula.
Além disso, o presidente ressaltou a importância de recompensar países com florestas por seus esforços na conservação dos ecossistemas. Esta foi uma pauta proeminente da Cúpula da Amazônia, em Belém (PA), onde países com vastas florestas tropicais solicitaram US$ 100 bilhões para proteção ambiental.
“Somos guardiães da biodiversidade e trabalhamos contra a desertificação. Os benefícios que as florestas tropicais oferecem globalmente devem ser justamente remunerados”, reforçou.
Inovação monetária no horizonte
O presidente Lula também abordou a possibilidade de diversificar métodos de pagamento em transações internacionais, buscando alternativas ao dólar.
“Vemos a necessidade de uma unidade de conta para o comércio que conviva com nossas moedas nacionais”, explicou. Ele mencionou o NDB (Novo Banco de Desenvolvimento) como um exemplo, uma instituição presidida anteriormente por Dilma Rousseff.
“Ao diversificar pagamentos com moedas locais e expandir parcerias, o NDB emerge como um marco estratégico para intensificar a cooperação entre países emergentes”, observou.
Fortalecendo laços com a África
O compromisso de Lula com a África também foi enfatizado. Ele expressou sua preocupação com a diminuição do comércio entre o Brasil e o continente africano em comparação a anos anteriores.
“O comércio com a África tem de ser revitalizado. Em 2022, sofreu uma queda de um terço em relação a 2013”, lamentou o presidente.
Relembrando seus mandatos anteriores, ele sublinhou a prioridade que a África representou para o Brasil. “Realizei doze viagens ao continente, visitando vinte e um países. O Brasil retoma agora sua relação com um continente rico em oportunidades e potencial de crescimento”, finalizou.
Com informações do Poder360
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