Nos últimos tempos, o mundo vem testemunhando uma série de eventos climáticos extremos, muitos dos quais os cientistas há tempos vêm alertando. Eles são a prova visível e destrutiva da aceleração da crise climática global, e muitos acreditam que o fenômeno El Niño esteja exacerbando a situação.
O mês de setembro não foi exceção a esses acontecimentos alarmantes. O tufão Haikui, que assolou Hong Kong, desencadeou tempestades no sul da China durante vários dias consecutivos, como relata a CNN. No entanto, essa foi apenas a ponta do iceberg. Dez países foram atingidos por fenômenos extremos em apenas 12 dias. A Líbia enfrentou a devastação do “medicane” Daniel, resultando na morte de mais de 11.000 pessoas. No Brasil, um ciclone extratropical arrasou o Rio Grande do Sul, levando quase 50 vidas.
A evidência científica é clara e contundente. O aquecimento global, impulsionado principalmente pelas mudanças climáticas humanas, está por trás desses eventos. Além disso, especialistas, como destaca o Jornal Nacional, salientam o papel que o fenômeno El Niño desempenha nesse cenário. José Antonio Marengo, coordenador de pesquisas do CEMADEN, explica que a intensidade e frequência desses fenômenos extremos aumentaram e estão ocorrendo em locais tradicionalmente menos vulneráveis.
O verão de 2023 no Hemisfério Norte já entrou para a história como o mais quente desde o início dos registros em 1880, segundo cientistas da NASA. Tal calor não apenas trouxe ondas de calor intensas, mas também acirrou incêndios florestais mortais no Canadá e no Havaí. Em contraste, a América do Sul, ainda em seu inverno, bem como regiões do Japão, Europa e EUA, também sentiram o impacto de altas temperaturas. A Europa, por sua vez, enfrentou chuvas torrenciais, com destaque para Itália e Grécia.
Giovana Girardi, da Agência Pública, destaca uma estatística preocupante: “Quase metade da população mundial – mais de 3,8 bilhões de pessoas – experimentou pelo menos 30 dias de temperaturas elevadas entre junho e agosto, tudo atribuído às alterações da crise climática causadas pelo homem.”
Diante dessas circunstâncias alarmantes, é mais crucial do que nunca que os governos e a sociedade global prestem atenção aos alertas dos cientistas. O mundo precisa agir rapidamente para mitigar os efeitos da crise climática e preparar-se para um futuro que, em sua trajetória atual, promete ser repleto de desafios e incertezas.
*Com informações CLIMA INFO
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