Não é preciso nenhuma outra narrativa que tente justificar a ZFM que não seja a que a D. Maria e o Seu João compreendam: sobra no bolso. Os benefícios que o Amazonas aufere por abrigar a ZFM são meras consequências para manter em vigor os reais interesses do povo brasileiro, já há 55 anos.
Por Juarez Baldoino da Costa
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Uma das raras unanimidades nacionais é a considerada alta carga tributária do país. O povo, os governos, os políticos e os empresários – todos concordam que há excesso de tributação, e a ZFM, por isso, só faz bem ao Brasil, e justamente no quesito tributo, o indesejado por todos.
Cada brasileiro que comprou TVs, celulares, motos, vídeo cassetes ou aparelhos de ar condicionado ao longo destes 55 anos, entre outras centenas de produtos fabricados no Polo Industrial da ZFM, conseguiu não somente ter acesso a eles também por terem preços mais baratos, como também sobrou dinheiro para compra de roupas novas, ir ao dentista, tirar férias, andar de taxi e fazer festas melhores para os aniversários da família. Esta sobra de dinheiro movimentou a economia porque se não fossem fabricados na ZFM, os produtos teriam preço maior com a inclusão de tributos e não sobraria tanto quanto sobrou.
Dinheiro no bolso do consumidor promove resultados mais rápidos do que se fossem entregues aos cofres públicos, normalmente morosos, perdulários e ineficientes em sua aplicação. Pergunte sobre esta realidade à D. Maria de Jardinópolis sobre o smartphone feito no Polo Industrial da ZFM – Zona Franca de Manaus que ela tem, comprado com economia de R$ 700,00 por que é feito lá. Ela pode ter trocado as roupas de cama da casa no magazine do seu bairro. Pergunte também ao Seu João de Curitiba com sua moto também feita na ZFM, e que permitiu economia de R$ 2.000,00 – onde ele gastou a sobra? Viajou e ocupou hotéis ou comprou um presente para o seu neto?
O Brasil precisa estar atento e perceber conquistas como a ZFM que vem de encontro ao tal do bem estar geral para a população previsto na Constituição Federal, um dever a ser promovido pelos governos. Conquistas como a ZFM não podem ser perdidas ou diminuídas, e seriam um retrocesso social e econômico.
A maioria dos Joões e Marias pelo país afora nem percebe que têm artigos em casa “produzidos na Zona Franca de Manaus”. A ZFM ainda pode combater o “Made in China”, tão presente nos lares brasileiros e também pouco percebidos. Os chineses conseguem entregar ao mercado do Brasil produtos similares aos produzidos no Polo Industrial de Manaus – PIM por um preço que em vários casos só podem ser enfrentados pelo seu próprio PIM. Não enfrentar os chineses permitirá que avancem em nossos parcos reais tão sofridos.
Não é preciso nenhuma outra narrativa que tente justificar a ZFM que não seja a que a D. Maria e o Seu João compreendam: sobra no bolso. Os benefícios que o Amazonas aufere por abrigar a ZFM são meras consequências para manter em vigor os reais interesses do povo brasileiro, já há 55 anos.
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