Torneio inédito reuniu pescadores que competiram para retirar a maior quantidade possível de plástico da água
Os pescadores do litoral norte de São Paulo tiveram um dia bastate diferente nesta terça-feira, 15 de fevereiro. Ao invés de saírem com seus barcos em busca de peixes, eles tinham como objetivo pescar a maior quantidade possível de plástico. Isso porque 55 pescadores participaram do primeiro Torneio de Pesca ao Plástico em Caraguatatuba.
O evento foi criado pela marca de cerveja Corona com o objetivo de envolver pescadores, comunidade local e ONGs em uma ação de limpeza dos oceanos. Os pescadores que participaram da ação foram remunerados pelo dia de trabalho e receberam por cada quilo de plástico retirado do mar.
“É muito bom quando eventos como esse acontecem. Além de ajudar a nossa comunidade também ajuda o mundo”, conta Leandro Sodré, um dos pescadores participantes do Torneio.
O pódio da pescaria de plástico garantiu aos 3 primeiros colocados do torneio um valor extra de R$ 3 mil para o primeiro lugar; R$ 2 mil para o vice-campeão e R$ 1 mil ao terceiro colocado.
Além dos pescadores, a comunidade também foi premiada com a reforma do galpão local, onde os pescadores guardam seus barcos e materiais de trabalho. O local também é usado pela população como um centro cultural e recebe até sessões de cinema.
“A reforma do galpão poderá trazer uma nova perspectiva de renda para as famílias trabalham com Turismo de Base Comunitária (TBC). Além de trazer um local de expressão cultural, de possibilidade para exposição de produtos locais para venda, entre outras diversas oportunidades”, conta Pedro Belga, presidente da ONG Guardiões do Mar.
1º Torneio de Pesca ao Plástico do Brasil
Essa é a primeira vez em que um Torneio de Pesca ao Plástico acontece no Brasil. A ação foi uma parceria entre a Corona e a ONG Guardiões do Mar, que desde 1998 atua no apoio à coleta e reciclagem de resíduos e especialmente pela preservação da biodiversidade marinha.
“Pensamos em um projeto que pudesse ajudar o meio ambiente e, ao mesmo tempo, apoiar economicamente a região, já que esse lugar é a casa dessas pessoas, que encontram no mar o seu sustento e de suas famílias”, explica João Pedro Zattar, head de marketing de Corona no Brasil.
A escolha do local foi feita pensando na Praia da Cocanha, em Caraguatatuba, que tem sua principal fonte de renda financeira e alimentar vinda da pesca de mexilhões – animal marinho muito comum localmente e que é 100% impactado pela poluição por absorver qualquer tipo de impureza, o que o deixa impróprio para consumo e venda.
“O simples fato de reunir todas essas pessoas, pescadores, ONGs, para ter um olhar diferente sobre o plástico, é incrível. Esse é o maior legado que este evento vai garantir!”, completa o presidente da ONG Guardiões do Mar.
Fonte: CicloVivo
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