A ZFM é importante para o Brasil e para a Amazônia, por auxiliar na preservação e na possibilidade de exploração sustentável da riqueza de sua biodiversidade. As eleições se aproximam, as campanhas eleitorais terão início, deveremos ficar atentos ao conteúdo, para que não nos iludamos com promessas ou propostas irrealizáveis. Inflação é sinal preocupante da clara desordem que ocorre na economia nacional.
Por Antônio Silva
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A indústria do Amazonas sofreu queda de desempenho em abril, na comparação com março, em todas as variáveis pesquisadas do segmento. É o que confirma a pesquisa Indicadores Industriais do Estado do Amazonas (amostra de médias e grandes empresas) realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), em parceria com a Confederação Nacional das Indústrias (CNI).
O faturamento teve redução de 12,1%, o emprego menos 5,7%, as horas trabalhadas na produção menos 7,4%, a massa salarial menor em 8,7% e a utilização da capacidade instalada com queda de 7,5 pp (pontos percentuais). Embora nos primeiros quatro meses do ano, em relação ao mesmo período de 2021, haja crescimento no faturamento de 15,6%, no emprego 10,1%, nas horas trabalhadas na produção 18%, na massa salarial 24,8% e na utilização da capacidade instalada 6,7 pp., preocupa a queda ocorrida em abril, porque traduz inicio de retração no desempenho econômico da Zona Franca de Manaus (ZFM), face a queda de demanda, escassez e aumento de preços dos insumos importados, bem como a inflação interna que encarece partes e peças nacionais.
A escalada no preço dos combustíveis provoca aumento também no custo de transporte de componentes e produtos finais, contribuindo para o aumento dos custos de produção. Esperamos que essa tendência de queda das variáveis econômicas, ocorrida no primeiro mês do segundo trimestre, não se concretize nos meses seguintes.
Não há por que negar que os ataques sofridos pela ZFM causam desalento e cansaço, porém, temos que supera-los e adquirir mais energia para continuar a luta em favor dos nossos investimentos, dos empregos, das conquistas sociais e econômicas, é nossa responsabilidade.
Por isso reafirmo o nosso compromisso de sermos ativos e dispostos, obstinados e esperançosos, na luta pelo bem-estar do nosso povo. Corremos risco de desestruturação do modelo econômico para o desenvolvimento da Amazônia Ocidental, uma simples alteração na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ou na do Imposto de Importação (II), por meio de decreto ou medida provisória, podem prejudicar irremediavelmente a ZFM, retirando vantagens competitivas imprescindíveis.
Não cansaremos de repetir, a ZFM é o motor de crescimento da Amazônia Ocidental, respondendo direta e indiretamente pela quase totalidade do Produto Interno Bruto (PIB) e da arrecadação tributária do Amazonas, capaz de gerar renda e emprego para a população e auxiliar na preservação da floresta que sem dúvida, é fator importante para manutenção do equilíbrio dos ecossistemas, nacional e mundial.
A ZFM é importante para o Brasil e para a Amazônia, por auxiliar na preservação e na possibilidade de exploração sustentável da riqueza de sua biodiversidade. As eleições se aproximam, as campanhas eleitorais terão início, deveremos ficar atentos ao conteúdo, para que não nos iludamos com promessas ou propostas irrealizáveis. Inflação, é sinal preocupante da clara desordem que ocorre na economia nacional.
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