ONG lança documentário e recolhe assinaturas para manter a lei que inibe uso de botos como isca para pesca
O boto-rosa é uma espécie de golfinho icônica, que faz parte do ecossistema e do folclore da região amazônica. Infelizmente, é também uma espécie ameaçada: estima-se que a população de botos da Amazônia diminua pela metade a cada 10 anos. Neste ritmo, se nada for feito, especialistas afirmam que esta espécie tende a ser extinta em apenas algumas décadas
Uma das ameaças recentes ao boto-rosa é a matança intencional por pescadores que usam sua carne como isca para a pesca da piracatinga, uma espécie de peixe exportada ilegalmente para a Colômbia ou Peru. A carne de jacaré também é usada como isca para a espécie.
Desde 1988, matar botos e jacarés é um ato ilegal. O próprio comércio de piracatinga é proibido na Colômbia, pois o peixe tem altas concentrações de mercúrio e outros elementos tóxicos.
Desde 2015, uma moratória temporária que proíbe a pesca e comercialização da piracatinga no Brasil. Mas, esta moratória está prevista para acabar em junho de 2022.
Para conscientizar a população e autoridades sobre os perigos que a espécie enfrenta, a Sea Shepherd, ONG que atua na Amazônia para a conservação dos botos, vai lançar, no dia 20 de maio, o mini documentário Rota Vermelha: Crimes na Amazônia Rio Adentro, de produção própria e direção de Bruna Arcangelo.
Além do filme, a ONG vai recolher assinaturas em uma petição para a população brasileira exigir que a moratória para a proteção dos botos da Amazônia seja permanente.
Para assinar a petição e contribuir com o trabalho de conservação do boto-rosa, clique AQUI.
A Sea Shepherd contará com uma divulgação global do documentário para aumentar a conscientização sobre o tema para o mundo. A diretora do filme acompanhou o trabalho de pesquisa da ONG durante o mês de março.
Para assistir a première mundial do filme é preciso se inscrever na página de divulgação. A exibição será online, na sexta-feira, 20/05, às 19h.
Espécie ameaçada
A Sea Shepherd se uniu a cientistas renomados do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), que lideram a pesquisa científica mundial sobre o boto rosa, como é popularmente conhecido, ou boto amazônico (Inia geoffrensis).
As pesquisas indicam que essas espécies precisam constar na lista de risco crítico de extinção pela International Union for Conservation of Nature (IUCN) para receberem a proteção ambiental necessária.
Além de analisar a saúde populacional e densidade destas espécies, a pesquisa tem como objetivo influenciar uma possível extensão do período de vigência da moratória, prevista para terminar ainda no final de junho de 2022.
Fonte: CicloVivo
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