Felipe Naveca, da Fiocruz, disse que a média móvel de casos aumentou quase 10 vezes com o avanço da variante Ômicron
Manaus, que viveu um momento de terror há um ano com uma combinação de aumento explosivo de casos, falta de leitos e de kits para intubação, passa agora pelo que um pesquisador da Fiocruz Amazônia chama de terceira onda da Covid-19.
“De acordo com os números que estão aumentando muito desde a semana passada, já está acontecendo (a terceira onda). Tivemos aumento da média móvel de quase dez vezes a partir do dia 10”, disse Felipe Naveca à CNN Rádio.
“Estamos em subida forte, assim como outros lugares em que a Ômicron chegou”, completou.
O pesquisador também reforçou que a duração dessa escalada de casos vai depender da capacidade de interrupção da transmissão, e a alta pode vir a durar até um mês e meio.
“Se levarmos em consideração o que aconteceu no Reino Unido e na África do Sul, ela deve durar de um mês a seis semanas, mas cada lugar tem uma realidade diferente”, acrescentou.
Mesmo assim, Naveca disse que o cenário é diferente de um ano atrás. “Tem gente falando que a Ômicron dá sintomas leves, mas acho prematuro. Temos cenários que não são iguais por causa da vacinação (desigual)”
“Se não fosse a vacinação, a situação seria muito pior porque é impressionante a velocidade com que ela (Ômicron) se espalha”, defendeu.
O pesquisador destacou que há oferta de doses no Amazonas, mas que a campanha está esbarrando em uma parcela da população que não quer completar o esquema vacinal.
“Faço o apelo para que as pessoas busquem a vacina porque não podem achar que a Ômicron não vai causar casos graves.”
Fonte: CNN Brasil
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