Com isso, fica apenas um anseio: que façamos rapidamente a transição do desgoverno para a governança na Amazônia. Enquanto ficarmos no desgoverno, pouquíssimos tirarão proveito dela, com um benefício mínimo para a humanidade; se ficarmos no governo, ele usurpará de todos nós os potenciais. Assim, ficamos com a esperança de nos movermos na direção de uma governança sustentável.
Por Augusto Cesar Rocha
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Nós que moramos na Amazônia sempre temos a sensação de que muito mais poderia ser feito na região. A questão é que entre um desgoverno completo e uma governança sustentável e responsável, há milhões de possibilidades em cada um dos pequenos aspectos que envolvem os biomas e as incontáveis oportunidades de negócios.
Thomas Jefferson asseverou que “um governo grande o suficiente para dar tudo o que se quer é o forte o suficiente para levar tudo o que se tem”. Com isso em mente, há a expectativa de algum tipo de imperfeição na realização de ações dos governos.
São dois os maiores desafios da Amazônia: o primeiro preservar o máximo possível dos recursos naturais – tanto pelo aquecimento global, quanto pelo potencial de uso ainda inexplorado – e o segundo é o de usar o máximo possível de seus recursos naturais.
O encontro deste equilíbrio interessa à humanidade e o desencontro deles interessará para menos pessoas e por menos tempo. Assim, regulagens, como o uso dos créditos de carbono, minérios ou qualquer outro tipo de recurso da região merecerão atenção. A preferência será daqueles que não envolvam a sua destruição, por gerarem valores por mais tempo, pois são obtidas riquezas sem a destruição do potencial futuro.
Filmes e produtos digitais são fantásticos do ponto de vista econômico porque o custo inicial para a obtenção pode até ser alto, mas o custo de reprodução é insignificante. Ter a biodiversidade amazônica preservada, gerando créditos financeiros com a sua preservação é a maior das oportunidades que temos.
Alexander Hamilton afirmou que para “manter a neutralidade, é preciso um governo forte”. Enquanto não houver uma governança forte na Amazônia, não poderemos direcionar nossos esforços para o que mais interessa, que é a junção dos créditos de carbono – retidos ou gerados – na região, para contribuir com o maior desafio coletivo do mundo contemporâneo: o aquecimento global.
Com isso, fica apenas um anseio: que façamos rapidamente a transição do desgoverno para a governança na Amazônia. Enquanto ficarmos no desgoverno, pouquíssimos tirarão proveito dela, com um benefício mínimo para a humanidade; se ficarmos no governo, ele usurpará de todos nós os potenciais. Assim, ficamos com a esperança de nos movermos na direção de uma governança sustentável.
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