Entre as metas propostas pela capital da Colômbia está a de reduzir pela metade suas emissões até 2030.
As cidades de Bogotá, na Colômbia, e Lund, na Suécia, foram selecionadas como vencedoras globais do One Planet City Challenge 2022. O desafio de cidades é proposto anualmente pela organização ambiental WWF, sendo que esta edição contou com a participação de 280 cidades de 50 países.
Entre tantos municípios participantes, o que fez Bogotá e Lund se destacarem? A WWF explica que as cidades foram avaliadas de acordo com critérios rigorosos que incluem: metas climáticas ambiciosas, liderança ousada, capacidade de enfrentar os desafios futuros e um plano de ação climática holístico que fosse bem equilibrado em relação às suas metas.
“Conforme destacado nos relatórios AR6 do IPCC recentemente divulgados, as cidades desempenham um papel fundamental para evitar os impactos mais severos do aquecimento global”, afirma Marco Lambertini, Diretor Geral da WWF Internacional.
“Bogotá e Lund são dois exemplos inspiradores de como governos locais dedicados de contextos muito diferentes podem impulsionar a transição para cidades mais habitáveis e sustentáveis. Para o mundo todo, ambas as cidades estão mostrando a outras o que pode ser alcançado!”, completa Lambertini.
No caso de Bogotá, o júri ficou particularmente impressionado com o Plano de Ação Climática da capital da Colômbia. Entre as metas propostas está a de reduzir pela metade suas emissões até 2030 e atingir emissões líquidas zero até 2050.
“Estamos muito felizes e orgulhosos com o reconhecimento. Este prêmio é concedido após uma avaliação muito cuidadosa de mais de 20 especialistas globais em sustentabilidade. E o que eles nos reconhecem? A aposta climática de Bogotá. Fizeram uma avaliação do nosso Plano de Ação Climática, a forma como o formulamos e, claro, como estamos implementando”, explica a secretária do Meio Ambiente, Carolina Urrutia.
Um plano para enfrentar a crise climática
A prefeitura de Bogotá, sob a gestão de Claudia López (primeira prefeita da cidade), salienta que o Plano de Ação Climática foi construído com base no conhecimento científico e possui 30 grandes ações de mitigação e adaptação, com foco no aumento de áreas verdes, implementação de soluções baseadas na natureza e promoção de produção e consumo ambientalmente responsáveis, mobilidade sustentável e mudanças climáticas.
Já Paula Rodríguez, especialista em cidades sustentáveis do WWF Colômbia, destaca que os planos e metas “estão alinhados com os setores de emissão mais significativos e incluem áreas de difícil abordagem, como as emissões do setor de transporte”.
Com tantos elogios, chegou a hora de conhecer este plano. Trata-se de um documento estratégico que estabelece as ferramentas e mecanismos necessários para que as cidades enfrentem a crise climática, mostrando-se resilientes aos efeitos das mudanças climáticas. Ou seja, é o planejamento que todas as cidades devem fazer com base em suas próprias realidades locais. Confira o Plano de Ação Climática desenvolvido para Bogotá.
A Secretaria de Meio Ambiente da cidade lembra que o plano, estruturado em 274 páginas, deve ser atualizado periodicamente pelas futuras administrações, dependendo do andamento de sua implementação e do surgimento de novas alternativas e tecnologias que possam contribuir para a ação climática.
Fonte: CicloVivo
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