Projeto aumenta a polinização na cidade e ainda estimula os cidadãos a gerar renda a partir da retirada do mel.
Por Marcia Sousa
No início de 2020, Salvador começou a espalhar meliponários em hortas urbanas comunitárias. A ideia é contribuir para potencializar a biodiversidade da região com a polinização. Em meio às celebrações do Dia do Meio Ambiente, o projeto segue para novos locais da capital baiana.
São cinco novos meliponários que vão se somar aos 14 meliponários já instalados. Cada estrutura é formada por colmeias de abelhas sem ferrão, ou melhor, são espécies cujo ferrão é atrofiado e, portanto, não têm a capacidade de picar.
Nativas do bioma brasileiro, tais abelhas prestam diversos serviços ecossistêmicos. São bioindicadoras da qualidade do ar, da água e do solo. Além disso, a segurança alimentar do planeta depende destas grandes polinizadoras.
Os meliponários estão sendo distribuídos por meio da Secretaria de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis) a algumas das 58 hortas comunitárias já implantadas pela gestão. É um trabalho que gera benefícios ecológicos, sociais e até econômicos.
“A entrega dessas colmeias de abelhas melíponas, da espécie Uruçu, é uma política que inclui um curso de criação de abelhas nas hortas urbanas para os beneficiados. A iniciativa, além da oferta de educação ambiental, estimula os cidadãos a gerar renda a partir da retirada do mel”, explica a titular da Secis, Edna França.
Meliponário
A prefeitura de Salvador explica que cada estrutura de meliponário possui capacidade para mais de 350 abelhas. As caixas de madeira possuem base de sustentação de eucalipto, para ajudar na fixação da estrutura e telha de proteção. Para manter as abelhas protegidas são utilizadas folhas de acetato e esponjas com óleo queimado em torno da estrutura, para não atrair formigas, lagartixas e outras espécies que podem danificar as estruturas.
Fotos: Secretaria de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência
Além disso, as caixas recebem cuidados de limpeza e são envolvidas por fitas adesivas para manter a temperatura. Possuem ainda camadas protetoras de geoprópolis (mistura de barro e própolis) produzido pelas abelhas.
Fonte: Ciclo Vivo
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