Não houve progresso relevante na conversa organizada pelo presidente da próxima Conferência da ONU sobre o Clima (COP26), Alok Sharma, com ministros e representantes de 51 países. De acordo com Sharma, os países aproveitaram o encontro em Londres para “alinhar” entendimentos básicos, mas não conseguiram chegar a um acordo sobre tópicos importantes da agenda de negociação, como financiamento para ação climática, fim do uso de carvão para geração de energia e descarbonização até 2050.
“Acho que fizemos progressos nesses dois dias [de conversa], mas as questões que discutimos são complexas e ainda persistem diferenças significativas”, disse Sharma. E continuou: “Nos aproximamos mais nos últimos dias, mas ainda não estamos perto o suficiente nessas questões vitais”. A informação é da BBC.
O carvão é um dos pontos de discórdia na agenda de Glasgow. Na semana retrasada, os países do G20 também tiveram problemas com o assunto, com China e Índia se opondo a um compromisso coletivo de eliminação deste combustível fóssil no médio prazo. Aliás, a Índia foi a grande ausência do encontro de ministros desta semana: além de não enviar um representante para as conversas em Londres, Nova Déli sequer participou virtualmente, segundo o governo de Narendra Modi, por “problemas de conexão” com a internet. A Bloomberg trouxe mais detalhes sobre este desencontro diplomático. A Fortune também abordou como a questão pode fragilizar as negociações climáticas em Glasgow.
Em tempo: Em editorial, o Financial Times afirmou que os eventos extremos das últimas semanas colocam pressão adicional sobre os negociadores na COP26. “A janela está se fechando para se evitar que a mudança do clima perturbe de forma mais permanente a maneira como vivemos nossas vidas. Se a COP26 alcançar pouco progresso prático, essa janela pode se fechar”, escreveu o jornal inglês. “Isso seria um fracasso da liderança global em escala existencial”.
Fonte: ClimaInfo
Comentários