A Reuters teve acesso a documentos que detalham os planos de EUA e União Europeia para fechar um acordo global para reduzir as emissões de gás metano em cerca de 1/3 até o final desta década. A ideia é anunciar o compromisso até a COP26, programada para novembro em Glasgow. No foco da articulação entre europeus e norte-americanos, estão pelo menos duas dezenas de grandes emissores de metano, como o Brasil. A redução substancial das emissões de metano até 2030 é vista por cientistas e negociadores do clima como uma solução relativamente mais simples e rápida para conter o aumento da temperatura média do planeta, por conta da vida útil mais curta desse gás. Axios e Bloomberg também repercutiram essa notícia.
Já o Wall Street Journal destacou outra movimentação diplomática, também capitaneada por EUA e UE, visando restringir e acabar com o financiamento de governos desenvolvidos a projetos energéticos de carvão nos países em desenvolvimento. A discussão acontece dentro da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que discute como “enquadrar” membros mais reticentes a essa proposta, como Austrália, Japão e Nova Zelândia.
Ainda sobre a OCDE, o Financial Times explicou a delicada costura diplomática sendo feita entre os países para evitar que a precificação das emissões de carbono vire motivo para guerra comercial. A ideia da entidade é aproveitar o entendimento inicial em torno de um imposto de renda corporativo e usar uma abordagem semelhante na questão dos preços do carbono. O Valor publicou uma tradução da reportagem.
Em tempo: O enviado especial dos EUA para o clima, John Kerry, fez coro às críticas sobre a possibilidade de novo adiamento da COP26, conforme proposto na semana passada por organizações da sociedade civil. Para Kerry, a urgência da crise climática não permite jogar as negociações para frente, a despeito das incertezas em torno da realização da Conferência em Glasgow. A notícia é do Financial Times e do NY Times.
Fonte: ClimaInfo
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