Desde que as florestas tropicais ganharam a mídia pelos maus tratos impostos pela desnorteada política ambiental atual é comum ver ou ouvir na mídia que elas seriam os ‘pulmões do planeta’. As florestas tropicais são importantes para o clima no mundo, não resta dúvida. Mas não são os ‘pulmões da Terra’. A maior parte do oxigênio que respiramos vem dos oceanos. E os mais importantes produtores são alguns dos menores organismos da Terra.
Matéria do Woods Hole Oceanographic Institution é quem explica: ‘O ar que respiramos é 78% nitrogênio e 21% oxigênio. O resto é composto de gases muito menos comuns, incluindo dióxido de carbono. Mas nem sempre foi assim’.
‘Até 600 milhões de anos atrás, a atmosfera da Terra tinha menos de 5% de oxigênio. Era principalmente uma mistura de nitrogênio e dióxido de carbono. As plantas terrestres não existiam até 470 milhões de anos atrás. As árvores não foram responsáveis pelo aumento do oxigênio no planeta. Então, de onde isso veio?’
Os Oceanos
Plantas, algas e cianobactérias criam oxigênio. Elas fazem isso por meio da fotossíntese. Usando a energia da luz solar elas transformam dióxido de carbono e água em açúcar e oxigênio. E usam os açúcares para se alimentar. Algum oxigênio é liberado na atmosfera.
Mas o oxigênio também se esgota. A maioria das células vivas o usa para produzir energia em um processo chamado respiração celular.
Quando os organismos morrem, eles se decompõem. A decomposição também usa oxigênio. A maior parte do oxigênio produzido é consumido por esses dois processos.
Ao longo de milhões de anos, minúsculas algas unicelulares e cianobactérias bombearam oxigênio. Muito disso foi usado na respiração ou decomposição.
Mas alguns desses organismos mortos não se decompuseram. Eles afundaram profundamente no oceano e se estabeleceram no fundo. Isso deixou um pouquinho de oxigênio para trás. Em vez de se esgotar, ficou no ar.
Foi desse modo que os oceanos lentamente acumularam oxigênio em nossa atmosfera. Ao mesmo tempo, diminuíram a quantidade de dióxido de carbono (a fotossíntese usa dióxido de carbono).
Hoje o processo continua
Agora sabemos que mais da metade do oxigênio do planeta vem do oceano, diz o texto do Woods Hole. Não todo o oceano – apenas os primeiros 200 metros de profundidade mais ou menos.
Isso é o máximo que a luz solar pode viajar através da água para alimentar a fotossíntese. Nesta zona fótica, encontramos todos os tipos de organismos fotossintéticos.
Para o site da NOAA ‘os cientistas estimam que 50-80% da produção de oxigênio na Terra vêm do oceano. A maior parte dessa produção é de plâncton – plantas à deriva, algas e algumas bactérias que podem fotossintetizar’.
Algumas algas, como os kelps, também chamadas florestas de algas, ou macroalgas, crescem em enormes filamentos semelhantes a plantas terrestres.
Na Califórnia estas florestas de algas estão morrendo devido ao aquecimento do planeta, em compensação, uma startup do Maine se projetou ao cultivar as florestas de algas para mitigar o aquecimento.
Para o site do Woods Hole, ‘A maioria das algas existem como células únicas que constituem o que chamamos de fitoplâncton. Diatomáceas são algas unicelulares importantes. Os cientistas estimam que o oxigênio, em uma de cada cinco respirações que fazemos, vem das diatomáceas’.
O texto acrescenta que ‘um organismo ainda menor desempenha um papel igualmente grande. As bactérias Prochlorococcus são tão pequenas que cerca de 20.000 delas cabem em uma única gota de água do mar. Elas vivem em uma ampla faixa dos oceanos do mundo’.
Bactéria produz porcentagem mais alta de oxigênio que todas as florestas tropicais combinadas
‘Cientistas calculam que ao todo existam algo em torno de 3 bilhões de bilhões de bilhões de células de Prochlorococcus. Juntas, produzem de 5 a 10 por cento do oxigênio que respiramos’, diz o Woods Hole.
Enquanto isso, o site da NOAA vai além sobre a bactéria Prochlorococcus: ‘Mas essa pequena bactéria produz até 20% do oxigênio em toda a nossa biosfera. Essa é uma porcentagem mais alta do que todas as florestas tropicais em terra combinadas’.
Já sobre a diferença entre as cifras dos dois sites, a NOAA explica: ‘Calcular a porcentagem exata de oxigênio produzido no oceano é difícil porque as quantidades mudam constantemente. Os cientistas podem usar imagens de satélite para rastrear o plâncton fotossintetizante e estimar a quantidade de fotossíntese que ocorre no oceano, mas as imagens de satélite não podem contar toda a história’.
Curiosamente, a matéria do Woods Hole Oceanographic Institution não comenta a importância de outra planta marinha fundamental na produção de oxigênio, os manguezais do planeta.
Assista ao vídeo The Ocean is Earth’s Oxygen Bank e saiba mais
Fonte: Mar sem fim
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