A TNC Brasil apresentou neste mês um novo guia para orientar instituições financeiras para práticas mínimas e ações complementares para garantir que o crédito concedido à pecuária no Brasil não esteja associado a atividades de desmatamento na Amazônia e no Cerrado. O documento destaca a importância do crédito agrícola na disposição do uso do solo no país e seu papel na intensificação da pecuária e na expansão da produção de soja – que hoje são os principais motivadores do desmatamento brasileiro.
O guia estabelece alguns requisitos básicos a serem atendidos pelos pecuaristas em seus pedidos de financiamento. Um desses critérios é a adequação legal de todas as propriedades do requerente do crédito, e não apenas do imóvel rural em questão. Outro requisito é que as propriedades não podem ter sofrido desmatamento legal ou ilegal depois de janeiro de 2018 e não podem receber animais de propriedades que realizaram desmatamento após essa data, para evitar a chamada “lavagem do gado”. Camila Souza Santos deu mais detalhes sobre o guia no Valor.
Em tempo: De acordo com análise da organização The Chain Reaction Research (CRR), a Bunge teve uma exposição potencial ao desmatamento de 91.491 hectares no ano passado, associada às compras de soja realizadas pela empresa no Brasil. A área total de potencial relação com desmatamento da Bunge supera o total registrado para suas quatro principais concorrentes no comércio de soja (ADM, Cargill, Louis Dreyfus e Cofco) em 12%; juntas, elas tiveram exposição de desmatamento para 80.058 hectares. Reuters e Valor deram mais informações.
Fonte: ClimaInfo
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