A intensificação de eventos climáticos extremos, causada pelas mudanças do clima, pode causar perdas econômicas significativas ao setor elétrico brasileiro nos próximos 30 anos, prejudicando as operações de geração, transmissão e distribuição de eletricidade. O Valor destacou as conclusões de um estudo do Instituto Acende Brasil, que analisou os cenários para o setor até 2050. Entre as principais ameaças estão a ocorrência de tempestades mais fortes e incêndios florestais, que podem danificar as redes de transmissão e distribuição, além de alterações no regime hidrológico, que prejudicam a capacidade de geração hidrelétrica.
O estudo recomenda que o setor incorpore a questão climática dentro de suas estratégias de investimento e desenvolvimento, em particular com o uso de modelos de monitoramento climático. Outra solução proposta é a adoção de redes inteligentes para aumentar a resiliência das operações.
Em tempo: O Jornal Nacional (TV Globo) destacou a preocupação de cientistas e ambientalistas com a possibilidade de que áreas próximas a Fernando de Noronha possam ser exploradas para produção de petróleo, o que pode causar impactos ambientais em santuários da biodiversidade marinha brasileira. O governo federal incluiu blocos na Bacia Potiguar no leilão de exploração de petróleo e gás que pode ser realizado ainda em 2021. Os trechos disponibilizados são próximos ao Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e à Reserva Biológica do Atol das Rocas. Ambientalistas ressaltam que o próprio governo, por meio do ICMBio, aponta para os riscos da exploração petrolífera nessa região, com impactos negativos potenciais consideráveis à vida marinha.
Fonte: ClimaInfo
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