O mês de agosto fechou com um aumento assustador no número de incêndios florestais em todo o Brasil. De acordo com o INPE, foram 52.071 focos de fogo em todo o país, o que representou um crescimento de 2,7% na comparação com agosto de 2020 (50.694) e 238% em relação a julho deste ano (15.385). O número total de incêndios em agosto superou também a somatória dos sete primeiros meses de 2021, que ficaram em torno de 38 mil. O Projeto Colabora destacou os dados gerais dos incêndios no Brasil no mês passado.
O Cerrado teve um agosto particularmente destrutivo: no mês passado, o bioma teve 15.403 focos de incêndio, um aumento de 51% em relação ao mesmo mês em 2020, a maior marca desde 2009. Por outro lado, o número de incêndios no Pantanal e na Amazônia foi menor em agosto, com queda respectiva de 74% e 4% na comparação com o mesmo mês no ano passado.
Ainda assim, no caso da Amazônia, agosto de 2021 teve o 3º maior índice de ocorrência de fogo da série histórica, atrás apenas de 2019 e 2020. Ao mesmo tempo, pela 1ª vez na história, o Amazonas concentrou a maior parte dos incêndios amazônicos – 8.588 focos, cerca de 30% do total do bioma, localizados especialmente na região sul do estado. O Globo, G1 e Veja repercutiram o panorama dos incêndios na Amazônia em agosto
Já no Pantanal, a situação é significativamente melhor do que no ano passado, quando quase 1/4 de seu território foi consumido pelo fogo. No entanto, a temporada seca segue causando incêndios bem acima da média histórica para o bioma: a somatória dos incêndios de janeiro e agosto já coloca 2021 como o 2º ano mais destrutivo da história pantaneira. O Globo abordou a situação na região da Transpantaneira, em Mato Grosso: o fogo já consumiu mais de 7,6 mil hectares no entorno da rodovia, deixando para trás cinzas e restos carbonizados de plantas e animais. De acordo com o Instituto Centro de Vida (ICV), quatro mil hectares foram atingidos pelo fogo em um período de 24 horas, entre 31 de agosto e 1º de setembro.
Em tempo: Na CNN Brasil, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou como os incêndios florestais podem afetar a saúde humana. O médico destacou que a fumaça não prejudica apenas o sistema respiratório, mas também está associada com a incidência de doenças neurológicas degenerativas, como Parkinson e Alzheimer, além de impactar também os sistemas reprodutor e imunológico.
Fonte: ClimaInfo
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