O ministro do meio ambiente, Joaquim Leite, foi ao Senado ontem e teve que escutar a senadora Kátia Abreu perguntar como ele pretende combater o desmatamento com poucos recursos e poucos quadros. Também ouviu que o país tem a obrigação de ser sério na COP de Glasgow. Leite tentou se defender dizendo que as metas de Paris são de longo prazo, embora faltem apenas 4 anos para 2025, ano da 1ª meta. Também mostrou claramente quem manda nas negociações climáticas brasileiras: o Itamaraty. As duas metas anunciadas para Glasgow – um mega stand na COP e um megaestúdio em Brasília para acompanhar a COP – indicam que, para o governo, comunicar é mais importante do que fazer. As falas dos senadores e do ministro saíram n’O Globo.
Em tempo: O projeto de lei versando sobre um mercado nacional de carbono parece ter ganho o apoio do presidente da Câmara e pode avançar a tempo de algum anúncio em Glasgow. O deputado Marcelo Ramos (AM) explicou num seminário ontem que o texto foi feito para servir de alicerce para uma construção maior e, por isso, colocou mais ênfase no mercado voluntário – que, como diz o nome, não cria obrigações para ninguém. E deixa para o futuro a montagem de um mercado regulado, este sim, com metas para os grandes emissores. A notícia é do Zero Hora.
Fonte: ClimaInfo
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