A crise elétrica desencadeada pelo esvaziamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas, causado pela estiagem que atinge boa parte do Brasil, pode ser um impulso adicional para novos projetos de geração por fontes renováveis. A geração eólica é a que está em posição mais privilegiada para ganhar espaço na matriz elétrica nacional nos próximos anos. Como a Folha destacou, os investimentos em eólicas somaram mais de US$ 187 bilhões na última década, o que puxou a representatividade dessa fonte de míseros 0,5% da matriz em 2009 para 10,6% atualmente. Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), os novos investimentos até 2029 devem chegar a R$ 72,3 bilhões.
Ao mesmo tempo, ainda que em condições menos confortáveis que as da energia eólica, a geração solar também deve ganhar espaço no Brasil nos próximos meses e anos. De acordo com a Absolar, também citada pela Folha, 450 novas empresas entram no mercado solar todo mês no Brasil; entre 2019 e 2020, o segmento teve uma expansão de 60%. O crescimento do número de empresas está intimamente relacionado ao aumento da demanda por geradores fotovoltaicos, que ficaram 90% mais baratos nos últimos dez anos e que ainda se beneficiam com incentivos fiscais que facilitam sua aquisição por consumidores residenciais e comerciais.
Fonte: ClimaInfo
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