Em junho, os alertas de desmatamento na Amazônia Legal somaram 1.062 km2, um aumento de 2,7% em relação ao mesmo mês de 2020. Este foi o maior índice para junho desde 2016, início do monitoramento do sistema DETER-B (INPE). O mês passado também fechou como o quarto consecutivo no qual a taxa de desmatamento bateu recordes históricos mensais. O primeiro semestre também totalizou a maior área sob alerta de desmate em seis anos: 3.610 km2 de área desmatada, um aumento de 17% na comparação com o mesmo período em 2020.
Os dados preliminares antecipam um cenário preocupante na Amazônia faltando apenas um mês para o fechamento do período atual de monitoramento do desmatamento, que vai de agosto de 2020 até julho de 2021. A taxa anual de desmatamento será calculada pelo sistema PRODES, também do INPE, e deverá ser anunciada até o final deste ano.
O governo Bolsonaro anunciou recentemente mais uma operação militar para conter a devastação florestal na Amazônia. Na semana passada, o vice-presidente Hamilton Mourão confirmou que cerca de 3 mil militares serão deslocados para ações de apoio e combate ao desmatamento nos 26 municípios com maiores índices de destruição florestal. O efetivo permanecerá na região ao menos até o final de agosto. Esta é a terceira ação militar contra o desmatamento amazônico em três anos – das vezes anteriores, os militares saíram da floresta sem apresentar resultados relevantes na diminuição do desmate e das queimadas.
Os novos números do desmatamento na Amazônia tiveram grande repercussão dentro e fora do Brasil, com matérias em veículos como CNN Brasil, Estadão, Folha, G1, O Globo e Valor, além de AFP e Reuters.
Fonte: ClimaInfo
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