O governo do Reino Unido anunciou no ano passado que deixaria de financiar projetos de energia no exterior baseado em fontes fósseis, como petróleo, carvão e gás natural. No entanto, uma análise do grupo SourceMaterial revelou que as instituições financeiras estatais do país estão alheias a esse compromisso e seguem investindo pesado em energia fóssil – inclusive no Brasil.
Uma dessas instituições é a UK Export Finance (UKEF), que concede e garante empréstimos a empresas britânicas no exterior. O governo britânico reconheceu que ela ainda está associada a sete grandes projetos de combustíveis fósseis, o que causou irritação entre parlamentares da oposição e ambientalistas no Reino Unido.
Um dos projetos beneficiados por dinheiro britânico pretende explorar produção de petróleo e gás offshore no Brasil, o que poderá causar um impacto de mais de dois milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente em termos de emissões – o equivalente às emissões de carbono de uma frota de cerca de 800 mil veículos a combustão por ano.
Além do Brasil, o governo britânico também prevê participação em projetos fósseis no Azerbaijão, China, Turcomenistão e Omã. Desde a assinatura do Acordo de Paris, em 2015, a UKEF destinou mais de 3,5 bilhões de libras esterlinas (cerca de R$ 25,7 bilhões) na forma de empréstimos e garantias a projetos de combustível fóssil. O The Telegraph também repercutiu a notícia.
Fonte: ClimaInfo
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