O caminho para que o mundo possa diminuir as emissões de gases de efeito estufa na produção de alimentos e, ao mesmo tempo, acabar com a fome, está na agricultura familiar. Estudo recente da rede Ceres2030 recomendou aos doadores internacionais que direcionem seus recursos para esses pequenos produtores, com capacitação para que eles possam cultivar safras mais resistentes, construir irrigação e usar as redes de segurança social. De acordo com o documento, essas mudanças poderiam tirar quase 500 milhões de pessoas da fome, dobrar a renda de 545 milhões de pequenos agricultores de países mais pobres e cortar as emissões do setor.
Tudo isso pode sair do papel ao custo de US$ 33 bilhões adicionais por ano em ajuda para esses pequenos produtores – uma quantia relativamente pequena quando comparada com o volume de recursos que está sendo despendido agora durante a pandemia. Essas mudanças são cruciais, já que a produção de alimentos é responsável por cerca de ¼ das emissões globais e o aumento da produção é visto como um dos principais impulsionadores do desmatamento e do aumento do consumo de combustíveis fósseis.
Deutsche Welle e Reuters deram mais detalhes sobre o estudo.
Em tempo: O Parlamento Europeu discutirá nesta semana eventuais restrições ao uso dos termos “hambúrgueres vegetarianos” e “linguiças veganas” nos mercados da União Europeia. Segundo a Reuters, a demanda foi apresentada por produtores rurais que defendem sua proibição pois poderiam “enganar” os consumidores. Pela emenda, apenas produtos com carne poderiam ser vendidos com os nomes “bife”, “salsicha” e “hambúrguer”. Já ambientalistas e associações médicas rejeitam a proposta, afirmando que a proibição seria um retrocesso no cumprimento das metas ambientais e de saúde no bloco. The Guardian também destacou o assunto.
Fonte: ClimaInfo
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