País é um fornecedor importante de componentes para empresas que fabricam produtos como geladeiras, equipamentos de áudio e ventiladores
Por Alexandre Melo
Valor Econômico
A Associação Nacional de Fabricantes de Eletroeletrônicos, a Eletros, que representa as maiores empresas do segmento de eletroeletrônicos e eletrodomésticos em operação no país, considera preocupante a instabilidade na cadeia logística de importação de insumos produzidos na China.
O país asiático é um fornecedor importante de componentes para empresas que fabricam produtos para a linha branca (fogões, geladeiras e máquinas de lavar); linha marrom (equipamentos de áudio e vídeo); e eletroportáteis (secadores de cabelo, sanduicheira, ventiladores, entre outros).
A entidade informa que os insumos que chegam ao Brasil por via aérea, considerados de maior valor agregado, são suficientes para abastecer a produção das indústrias por entre 10 a 15 dias.
Em nota, a Eletros informou que os estoques que chegam por via marítima são suficientes para abastecer as linhas de produção por até 90 dias.
Smartphones
Na indústria de smartphones, o Valor informou no último dia 06/02 que faltam componentes para Motorola e Samsung. Responsável pela fabricação dos celulares da Motorola, a Flextronics enviou carta ao Sindicato dos Metalúrgicos de Jaguariúna no fim da semana passada informando que precisaria parar a produção entre os dias 17 e 26.
A expectativa é que a paralisação afete cerca de 80% das atividades da fábrica, segundo o presidente do SindMetal, José Francisco Salvino.
Na ocasião, a Flextronics informou ainda que as férias coletivas — que podem ser canceladas ou alteradas dependendo da normalização do cenário — são importantes para dar tempo às autoridades chinesas de concluir se existe, ou não, a possibilidade de transmissão do vírus por meio de peças e equipamentos exportados pelo país.
Fonte: Valor Econômico
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